quinta-feira, 20 de março de 2014

São José e Fortaleza



A Fortaleza de São José de Macapá é um dos mais importantes patrimônios históricos da cultura material do Amapá. O monumento, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), completa nesta quarta-feira, 19 de março, 232 anos. O governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), organizou extensa programação em homenagem à data.

Nos tempos da dominação portuguesa, o monumento participou efetivamente do controle da segurança regional, garantindo a prática da exploração dos produtos regionais e do comércio, fiscalizando e impedindo o acesso do inimigo pela via de entrada do rio Amazonas, serviço que ela prestou até a Proclamação da República. Iniciada em 29 de junho de 1764 e inaugurada em 19 de março de 1782, consumiu mãos de obra classificadas em livres – representada pelo agrupamento militar; a escrava – representada por negros africanos escravizados e alugados de colono situados na região; e, a compulsória - representada por indígenas legalmente livres, destribalizados e submetidos ao serviço obrigatório do estado. Esses biótipos humanos, hoje, todos os presentes e miscigenados na sociedade amapaense.

Para o secretário de cultura, Luiz Pingarilho, depois do longo período de abandono, a Fortaleza voltou a ser recuperada em sua volumetria e ocupada com novas funções administrativas e sócio–culturais, após a criação do Território Federal do Amapá, momento em que ela foi reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional, e recentemente foi elevada à categoria de Museu através do IBRAM."

Segundo o professor Hermano Araújo, festejar esta data é criar e recriar identidades culturais. Comemorar os 232 anos de aniversário da inauguração da Fortaleza de São José de Macapá, instituição que, desde a segunda metade do século 18, vem contribuindo na organização da vida social da Amazônia e do povo amapaense.

Comemorar é celebrar. É reavivar a memória. É manter e conservar. É estabelecer e restabelecer relações, com o passado a fim de preservar, pois com sua visita ela se enche de vida, ela é sua, ela é minha, ela é nossa referência de amapaenses e brasileiros.

19 de março é destinado, pela Igreja Católica e algumas outras ramificações cristãs, como dia de homenagem a São José, o homem escolhido por Deus para ser o Pai Adotivo do Menino Jesus que se tornou homem maior de idade, reconhecido por muitos como o Filho de Deus que veio ao mundo para salvar a Humanidade do pecado com a promessa da Vida Eterna a todos aqueles que perseverarem no bem, até ao fim.

Do esposo de Maria sabemos somente aquilo que nos dizem os evangelistas Mateus e Lucas, mas é o que basta para colocar esse incomparável "homem justo" na mais alta cátedra de santidade e de nossa devoção, logo abaixo da Mãe de Jesus. Venerado desde os primeiros séculos no Oriente, seu culto se difundiu no Ocidente somente no século IX, mas num crescendo não igual ao de outros santos. Em 1621, Gregório XV declarou de preceito a festa litúrgica deste dia; Pio IX elegeu São José Padroeiro da Igreja, e os papas sucessivos o enriqueceram de outros títulos, instituindo uma segunda comemoração no dia 1 de maio, ligada a seu modesto e nobre ofício de artesão.

O privilégio de ser pai adotivo do Messias constitui o título mais alto concedido a um homem. O extraordinário evento da Anunciação e da Divina Maternidade de Maria – da qual foi advertido pelo anjo depois da sofrida decisão de repudiar a esposa – coloca são José sob uma luz de simpatia humana, em razão do papel de devoto defensos da incolumidade da Virgem Mãe, mistério prenunciado pelos profetas, mas acima da inteligência humana. Resolvido o angustiante dilema, José não se questiona.

Cumpre as prescrições da lei: dirige-se a Belém para recenseamento, assiste Maria no parto, acolhe os pastores e os reis magos com útil disponibilidade, conduz a salvo Maria e o Menino para subtraí-lo do sanguinário Herodes, depois volta à laboriosa quietude da casinha de Nazaré, partilhando alegrias e dores comuns a todos os pais de família que deviam ganhar o pão com o suor de sua fronte.

Nós o revemos na ansiosa procura de Jesus, que ele conduz ao templo por ter cumprido os 12 anos de idade. Enfim, o Evangelho se despede dele com uma imagem rica de significado, que coloca mais de um tema para nossa reflexão: Jesus, o filho de Deus, o Messias esperado, bedece a ele e a Maria, crescendo em sabedoria, idade e graça.


(Fonte: Paulinas)

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