A Fortaleza de São José de Macapá
é um dos mais importantes patrimônios históricos da cultura material do Amapá.
O monumento, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), completa nesta quarta-feira, 19 de março, 232 anos. O governo
do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), organizou
extensa programação em homenagem à data.
Nos tempos da dominação
portuguesa, o monumento participou efetivamente do controle da segurança
regional, garantindo a prática da exploração dos produtos regionais e do
comércio, fiscalizando e impedindo o acesso do inimigo pela via de entrada do
rio Amazonas, serviço que ela prestou até a Proclamação da República. Iniciada
em 29 de junho de 1764 e inaugurada em 19 de março de 1782, consumiu mãos de
obra classificadas em livres – representada pelo agrupamento militar; a escrava
– representada por negros africanos escravizados e alugados de colono situados
na região; e, a compulsória - representada por indígenas legalmente livres,
destribalizados e submetidos ao serviço obrigatório do estado. Esses biótipos
humanos, hoje, todos os presentes e miscigenados na sociedade amapaense.
Para o secretário de cultura,
Luiz Pingarilho, depois do longo período de abandono, a Fortaleza voltou a ser
recuperada em sua volumetria e ocupada com novas funções administrativas e sócio–culturais,
após a criação do Território Federal do Amapá, momento em que ela foi
reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional, e recentemente foi elevada à
categoria de Museu através do IBRAM."
Segundo o professor Hermano
Araújo, festejar esta data é criar e recriar identidades culturais. Comemorar
os 232 anos de aniversário da inauguração da Fortaleza de São José de Macapá,
instituição que, desde a segunda metade do século 18, vem contribuindo na
organização da vida social da Amazônia e do povo amapaense.
Comemorar é celebrar. É reavivar
a memória. É manter e conservar. É estabelecer e restabelecer relações, com o
passado a fim de preservar, pois com sua visita ela se enche de vida, ela é
sua, ela é minha, ela é nossa referência de amapaenses e brasileiros.
19 de março é destinado, pela
Igreja Católica e algumas outras ramificações cristãs, como dia de homenagem a
São José, o homem escolhido por Deus para ser o Pai Adotivo do Menino Jesus que
se tornou homem maior de idade, reconhecido por muitos como o Filho de Deus que
veio ao mundo para salvar a Humanidade do pecado com a promessa da Vida Eterna
a todos aqueles que perseverarem no bem, até ao fim.
Do esposo de Maria sabemos
somente aquilo que nos dizem os evangelistas Mateus e Lucas, mas é o que basta
para colocar esse incomparável "homem justo" na mais alta cátedra de
santidade e de nossa devoção, logo abaixo da Mãe de Jesus. Venerado desde os
primeiros séculos no Oriente, seu culto se difundiu no Ocidente somente no
século IX, mas num crescendo não igual ao de outros santos. Em 1621, Gregório
XV declarou de preceito a festa litúrgica deste dia; Pio IX elegeu São José
Padroeiro da Igreja, e os papas sucessivos o enriqueceram de outros títulos,
instituindo uma segunda comemoração no dia 1 de maio, ligada a seu modesto e
nobre ofício de artesão.
O privilégio de ser pai adotivo
do Messias constitui o título mais alto concedido a um homem. O extraordinário
evento da Anunciação e da Divina Maternidade de Maria – da qual foi advertido
pelo anjo depois da sofrida decisão de repudiar a esposa – coloca são José sob
uma luz de simpatia humana, em razão do papel de devoto defensos da
incolumidade da Virgem Mãe, mistério prenunciado pelos profetas, mas acima da
inteligência humana. Resolvido o angustiante dilema, José não se questiona.
Cumpre as prescrições da lei:
dirige-se a Belém para recenseamento, assiste Maria no parto, acolhe os
pastores e os reis magos com útil disponibilidade, conduz a salvo Maria e o
Menino para subtraí-lo do sanguinário Herodes, depois volta à laboriosa
quietude da casinha de Nazaré, partilhando alegrias e dores comuns a todos os
pais de família que deviam ganhar o pão com o suor de sua fronte.
Nós o revemos na ansiosa procura
de Jesus, que ele conduz ao templo por ter cumprido os 12 anos de idade. Enfim,
o Evangelho se despede dele com uma imagem rica de significado, que coloca mais
de um tema para nossa reflexão: Jesus, o filho de Deus, o Messias esperado, bedece
a ele e a Maria, crescendo em sabedoria, idade e graça.
(Fonte: Paulinas)
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