quarta-feira, 23 de março de 2011

Lançamento de 'Sarney - A Biografia', de Regina Echeverria, tem noite de gala e a presença importante de ex-presidentes

Foi lançado na noite de ontem (22) "Sarney - A Biografia", da jornalista Regina Echeverria, no Centro Cultural Banco do Brasil, obra com 600 páginas, editada pela Leya. Até 21h30, mais de 900 pessoas já haviam recebido o autógrafo da autora, em fila concorrida. Com a chegada do personagem principal da obra, o senador Sarney, houve tietagem exlícita por autógrafo. Da tribuna do Senado, um pouco antes do evento, o senador Vital do Rego (PMDB-PB) convidou todos a prestigiar o lançamento": "(...) Regina Echeverria lança a história de um homem público, de um intelectual, de um estadista, de um homem que foi responsável pela transição democrática neste país, de um humanista, de um filósofo, de um membro da Academia Brasileira de Letras, de um membro do nosso partido, do PMDB, e do presidente da Casa. O senador Sarney completa 50 anos de vida pública exatamente no momento em que o PMDB completa 45 anos de atividade partidária. E nesse dia, para coincidir essas datas, a professora Regina Echeverria lança o livro Sarney - a Biografia. Convido todos os companheiros do partido para prestigiar esse momento importante na vida política de um homem que faz parte da história política brasileira."
Regina Echeverria, 58 anos, jornalista, iniciou sua carreira em "O Estado de São Paulo" e não parou mais. Iniciou na cobertura do esporte e ampliou sua atuação em diversas reportagens dos mais variados temas. E especializou-se em perfis de personalidades da música e cultura brasileira, publicando biografias de diversos personagens da área. A biografia de Sarney é sua primeira incursão no mundo político. Depois de o "Estadão", a jornalista passou pelo Jornal da Tarde, Veja, IstoÉ, Abril Vídeo, Placar, Folha de S.Paulo, Caras, entre outros jornais e revistas. Na televisão, dirigiu os programas "Mulheres do Brasil" (TV Bandeirantes), "A Casa é Sua" e "TV Fama" (Rede TV) e "Dois a Um", com Mônica Waldvogel (SBT). Apaixonada por música popular brasileira, inaugurou sua lista de biografias com o "Furacão Elis" em 1985. Em seguida, foi a vez de publicar, a partir da narrativa de Lucinha Araújo, a história da vida, carreira e doença do seu filho único, o Cazuza, em "Só as Mães São Felizes" (1997), história que seria transformada em filme. Ainda em parceria com Lucinha, "Preciso Dizer que te Amo", lançado em 2001, traça a trajetória do ídolo da MPB por intermédio de todas as 250 letras de sua autoria, 78 inéditas. Em parceria com a pesquisadora Cida Nóbrega, "Um Retrato em Branco e Preto" (2002) reconstitui a trajetória do mais importante pesquisador da cultura afro-brasileira - o etnólogo e fotógrafo francês Pierre Veger. Com a mesma parceria de Cida, lançou a biografia de Mãe Menininha, a ialorixá do terreiro do Gantois na Bahia, a mãe de santo mais popular do Brasil. Em 2006, foi a vez da de "Gonzaguinha & Gonzagão", uma história legitimamente brasileira de dois representantes – pai e filho - da cultura nacional.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), eterno e elegante conciliador, fez questão de amenizar mais uma polêmica envolvendo o seu nome. Ao chegar ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), desconversou sobre um trecho revelador do livro, que mostra que o atual governador do Acre, Tião Viana (PT), querendo ser presidente da Casa a qualquer custo e em detrimento dos interesses do presidente Lula e da estabilidade política, foi o responsável pela divulgação de um dossiê capcioso contra o peemedebista e que acabou provocando a crise montada dos atos secretos no Senado, em 2009. Na biografia autorizada, Sarney, indagado pela autora, mostra que "no início de todo este problema, informaram-me, que o Tião Viana entregara para o [jornal] Estadão um dossiê a meu respeito com mentiras todas alimentadas pelo pessoal do Senado que estava a favor dele, para quem ele já tinha prometido cargos e direções".
Ao chegar ao lançamento do livro, Sarney, como sempre, procurou conciliar e acabou dizendo que o assunto era passado.
- Isso já passou. Eu e o senador Tião Viana sempre tivemos boas relações. Ele está fazendo um bom trabalho no Acre.
Há alguns dias, em um post no blog do Senado, Sarney havia elogiado a autora do livro e lembrou que ela fez três exigências: pediu acesso aos arquivos pessoais do senador, disse que ele só poderia ler o texto após sua conclusão e pediu que Sarney não publicasse suas memórias antes da biografia escrita por ela.
Para Regina, o trabalho foi mais difícil do que imaginava. Foram cinco anos de pesquisas e 168 entrevistas para chegar ao resultado que está em 624 páginas.
- Perguntaram para ele [Sarney] se ele não tinha receio que eu, que me especializei em fazer biografias de artistas, fosse fazer a dele. [...] E ele respondeu "mas eu não sou um artista?". Sarney é personagem principal de muitos anos da história do Brasil. Conto no livro como foi para um homem como ele chegar à Presidência, sem votos, após a morte do Tancredo [Neves]. O livro vai desde o nascimento até a eleição da presidente Dilma [Rousseff]. Antes da chegada de Sarney na sessão de autógrafos, o senador e ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG) era o primeiro da fila e só saiu com o autógrafo da estrela da noite. Nesse meio tempo, os fotógrafos fizeram a festa com a presença importante do também senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), mostrando o nível de amadurecimento político em que o País se encontra.Também estiveram presentes ao evento os senadores Francisco Dornelles, Epitácio Cafeteira e Valdir Raupp, além do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Valmir Campelo. A governadora do Maranhão e filha de Sarney, Roseana, foi acompanhada pela mãe, dona Marly.Na quinta-feira (24), será a vez de São Paulo receber o evento, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, às 19h.

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