terça-feira, 29 de março de 2011

Universo ilimitado da Internet e apresentação de aplicativo de Iphone, desenvolvido no Senado, reuniu blogueiros e Sarney

Foram duas horas de conversa. Conversa mesmo. Da boa. O bate-papo ao redor da mesa fluiu, as perguntas não faltaram, o presidente Sarney, 81 anos, por muitas vezes, foi 'você' e não 'senhor'. Novas tecnologias de comunicação e seu grande poder, o papel do Senado e sua política de comunicação, a ética na Internet, projetos do Congresso - o Ficha Limpa, por exemplo -, Educação, reforma política, mulheres, idosos foram assuntos do encontro entre o presidente José Sarney e um grupo de lideranças de redes sociais, blogs e sites na Internet. Um dos blogs - 'Mundo das Tribos.Com' - soma mais de 20 milhões de acessos/mês. A idade de muitos dos convidados era próxima dos 25 anos. Foi o segundo encontro do tipo - o primeiro aconteceu no final de agosto passado - e antecedeu o lançamento amanhã, pela Casa, de um aplicativo gratuito para iPhone, possibilitando o acesso a várias informações do Senado. A novidade será estendida depois para outras plataformas – como para o 'android' (mais popular). Participaram do encontro vários diretores e técnicos da Casa, ligados à área de comunicação social e de tecnologia da informação. À mesa, sentou-se também a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ela mesma e o marido, ministro Paulo Bernardo, blogueiros e twiteiros inveterados. O presidente José Sarney - um entusiasta das novas tecnologias da informação – lembrou que sempre fez questão de se manter atualizado, que acompanha e está permanentemente atento ao twitter e às novas mídias sociais e que gosta de ser um homem do seu tempo. Talvez, até por isso minha longevidade política, observou. Foram duas horas de conversa. Conversa mesmo. Da boa. O bate-papo ao redor da mesa fluiu, as perguntas não faltaram, o presidente Sarney, 81 anos, por muitas vezes, foi 'você' e não 'senhor'. Novas tecnologias de comunicação e seu grande poder, o papel do Senado e sua política de comunicação, a ética na Internet, projetos do Congresso - o Ficha Limpa, por exemplo -, Educação, reforma política, mulheres, idosos foram assuntos do encontro entre o presidente José Sarney e um grupo de lideranças de redes sociais, blogs e sites na Internet. Um dos blogs - 'Mundo das Tribos.Com' - soma mais de 20 milhões de acessos/mês. A idade de muitos dos convidados era próxima dos 25 anos. Foi o segundo encontro do tipo - o primeiro aconteceu no final de agosto passado - e antecedeu o lançamento amanhã, pela Casa, de um aplicativo gratuito para iPhone, possibilitando o acesso a várias informações do Senado. A novidade será estendida depois para outras plataformas – como para o 'android' (mais popular). Participaram do encontro vários diretores e técnicos da Casa, ligados à área de comunicação social e de tecnologia da informação. À mesa, sentou-se também a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ela mesma e o marido, ministro Paulo Bernardo, blogueiros e twiteiros inveterados. O presidente José Sarney - um entusiasta das novas tecnologias da informação – lembrou que sempre fez questão de se manter atualizado, que acompanha e está permanentemente atento ao twitter e às novas mídias sociais e que gosta de ser um homem do seu tempo. Talvez, até por isso minha longevidade política, observou. "Esse encontro foi uma demonstração do que a Internet é. Internet é isso", qualificou Gabriel Leite, 25 anos, criador da agência "Mentes Digitais". Ele definiu o encontro como a expressão da "informalidade com responsabilidade". À mesa, Gabriel fez questão de registrar que falta identificação do cidadão com o Senado. "Eu não sabia pelo menos 60% do que foi dito aqui hoje. Agora, com as mídias sociais, essa distância pode ser reduzida. A comunicação direta pode trazer maior humanização à marca do Senado. Mais do que informação, as pessoas querem é conversar", explicou, espelhando-se no que acontecia no momento. Para Paulo Lima, 25 anos, do "Mundo das Tribos. Com" – mais de 20 milhões de acessos/mês – "o encontro foi muito bom, deu para entender melhor as ações do Senado para ser mais transparente". O presidente Sarney citou o teórico dos meios de comunicação, McLuhan, ao dizer que a Internet é uma extensão do ser humano. Com as grandes inovações tecnológicas, a mente humana sempre se recicla e o homem modifica sua maneira de pensar, apontou: "Saímos da civilização oral para a visual, a geração atual não passou pelo livro, vamos ver o que vai acontecer na mente das pessoas (... ) É um processo em ebulição em que todos estamos participando e ninguém sabe o que vai acontecer".Discorreu sobre várias de suas ações voltadas para a área de comunicação, de informatização e de novas tecnologias da informação, de governador do Maranhão a suas passagens pela presidência do Senado. Segundo ele, um interesse anterior e real pela área, "não é acidental e nem oportunismo da minha parte". No Senado, no momento, "o foco agora é levar nosso conteúdo para a população. Vamos expandir, continuar a nos envolver com as mídias sociais. Do ponto de vista da cidadania, é uma revolução. É outro mundo que se abre para cada um de nós. A frase ícone disso tudo é - ‘o meio é a mensagem’."

Reforma política

Sarney instou os presentes se dizendo às ordens para responder sobre a reforma política. Nas respostas, voltou a dizer que o Brasil evoluiu na área econômica, progrediu na área social, mas estagnou na seara política. Os temas discutidos atualmente são os mesmos de cem anos atrás e o voto proporcional é do final do século 19. A sociedade mudou, a política mudou e o mundo está partindo para a democracia direta, retornando ao tempo das decisões tomadas diretamente, quando eram votadas em praça pública, apontou. Avaliou que, como o país não conseguiu produzir nem partidos políticos, nem programas partidários, por isso o povo não encontra representantes legítimos no Congresso, o eleitor não lembra em quem votou e o candidato não sabe por que foi eleito: "Os partidos se tornaram cartórios que registram candidatos para que possam concorrer".


Discorreu sobre a importância do Senado, a origem da idéia nos EUA, e como a instituição garante a unidade nacional e da federação no Brasil: "Sem o Senado, São Paulo e Minas decidiriam o que quisessem", explicou, referindo-se ao peso decisório dos maiores colégios eleitorais do país. É com essa visão do equilíbrio federativo que vota a Casa revisora, insistiu. Ainda em reposta a questões dos participantes, se disse favorável ao voto obrigatório - face ao baixo grau de amadurecimento político da população brasileira; falou do apoio que o Estado deve dar para a melhoria da qualidade de vida dos mais idosos; sobre a aposentadoria para as donas de casa; e sobre a importância da Educação com qualidade. Em sua opinião, o Brasil melhorou em questões pontuais, mas o grande salto é uma mudança cultural, quando todos deveriam assumir a sua parte, ao invés de acreditar que a Educação é função exclusiva do Estado. Ao citar a importância da expansão da pré-escola – quando a criança terá a oportunidade de aprender a ler - a senadora Gleisi Hoffmann acrescentou a respeito, que tal mudança trará impactos significativos na qualidade do ensino básico e fundamental no Brasil. A ideia é universalizar a pré-escola em cinco ou seis anos, informou.

Liberdade total

Como os políticos recebem as críticas feitas pela Internet foi outra questão abordada. Para a senadora Gleisi, é importante e natural quando ocorrem no mundo das idéias e das opiniões. Mas "ruim", quando ultrapassam para o lado pessoal, quando significam "achincalhar, xingar" e muitas vezes isso se reproduz na rede: "A liberdade de expressão não pode destruir o outro". Para Sarney, as críticas fazem parte do processo, "ser democrático é um estado de ser", "é saber que você pode estar errando", "uma consciência de mão dupla" entre os interlocutores. O presidente reiterou que não há como haver leis restritivas ou de controle – "seria uma lei inútil" – para alinhavar que a "Internet é liberdade total, ela veio para ficar, não há como haver retrocesso".

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado

Veja reportagem da TV Senado sobre o encontro

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