Em sua última atividade no Palácio do Planalto como presidente da República interino, o senador José Sarney definiu como "grata surpresa" reassumir o cargo que exerceu há mais de duas décadas. "Na minha vida eu tive que me preparar para muitas surpresas. Uma delas foi esta, de assumir a Presidência da República depois de 22 anos, substituindo a presidenta Dilma Rousseff nestes breves instantes", disse, depois da cerimônia de transmissão do cargo de secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República. O general de divisão Roberto Peternelli Júnior, integrante da equipe de segurança pessoal na Presidência da República substitui o general de divisão Antonio Sergio Geromel, que foi para a reserva.
Eleito vice-presidente da República em 1985, com doença e depois a morte de Tancredo Neves, Sarney assumiu a Presidência e
governou o país até março de 1990.
A redemocratização do pais, com fim da censura,
legalização dos partidos comunistas, a retomada de relações diplomáticas com
Cuba, união econômica e política dos países da América Latina – embrião do
Mercosul – e a garantia de ampla liberdade de imprensa são marcas de seu
governo. Presidente do Senado pela quarta vez, Sarney é o terceiro na
linha sucessória presidencial. Assim, assumiu a Presidência em razão de viagens
da presidenta Dilma à França e à Rússia, do vice-presidente Michel Temer a
Portugal, e do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, ao Panamá, para
participar de reunião do Parlamento Latino-Americano (Parlatino). Interino,
delicadamente elogiou a titular do cargo, Dilma Rousseff, "mulher
extraordinária que hoje merece respeito nacional por suas qualidades, pelo
governo que está fazendo". Ao final da cerimônia oficial, Sarney desejou
feliz natal e excelente ano novo aos presentes, servidores da presidência e a
todos os brasileiros.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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