O senador João Capiberibe
(PSB-AP), em discurso na quarta-feira (19), disse não imaginar que os
parlamentares pudessem agir com "tamanha improvisação” ao tentar realizar
uma sessão do Congresso para ler, avaliar e aprovar 3.060 vetos presidenciais
por meio de uma cédula com 463 páginas. Segundo explicou, os seus seguidores no
microblogging Twitter apelidaram esta reunião de “sessão do fim do mundo”. O
parlamentar se questionou por que o Congresso passa 12 anos sem realizar uma
sessão para analisar vetos. Entre eles, há alguns do ano 2.000, quando o
presidente do país ainda era Fernando Henrique Cardoso.
- Como vai se votar, em uma sessão, 3.060 vetos?
Como se deixa de apreciar um projeto importante para os 27 estados brasileiros,
que é a nova partilha do Fundo de Participação dos Estados? – perguntou ainda.
Capiberibe aproveitou para defender uma mudança na
postura dos parlamentares, que muitas vezes aprovam projetos sem ao menos
tê-los lido ou avaliado. Para o senador, é preciso estabelecer uma nova regra
de conduta, para que se tenha oportunidade de conhecer e debater as proposições
e não apenas discuti-las em audiências públicas, que estão esvaziadas.
- Temos um problema: não decidir. E às vezes
decidir sem saber o que estamos decidindo – declarou, citando o projeto do Ato
Médico como exemplo dessa postura.
Capiberibe afirmou que o ano está sendo encerrado
com uma crise entre os poderes da República, com acusações de interferência do
Supremo Tribunal Federal (STF) no Congresso, apesar de o Tribunal ter sido para
isso provocado pelos próprios parlamentares.
Agência Senado
Confira o pronunciamento completo, clicando aqui.
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