Uma situação, no mínimo, curiosa, ocorreu esta
semana no que se refere às relações entre Brasil e França. O governador do
Amapá, Camilo Capiberibe, foi convidado pelo presidente francês, François
Hollande, para o jantar oferecido à presidente Dilma Rousseff, que foi a Paris negociar
acordos internacionais para estreitar os laços comerciais entre as duas nações.
O curioso é que a cena se repetiu exatamente igual à de dezesseis anos atrás,
quando o pai de Camilo, o hoje senador João Capiberibe, era governador do
Amapá. Em maio de 1996, o então presidente da República, Fernando Henrique
Cardoso, viajou a Paris, para assinar um acordo de cooperação Brasil-França.
Naquele ano, as relações entre os dois países estavam começando a se
restabelecer, mesmo a passos lentos, após a ditadura militar. O momento
simbólico atendeu ao disposto no Artigo 6º do Acordo-Quadro de Cooperação, que
permitiu a cooperação entre os 700km de fronteira entre o Amapá e a Guiana
Francesa. Naquela ocasião, a delegação brasileira contou com um número
expressivo de representantes, dentre eles diversos governadores, ministros de
Estados e parlamentares. Só que, ao invés de ser convocado por Fernando
Henrique, João Capiberibe foi convidado por Jacques Chirac. Cena que se repetiu
agora, com Camilo. Ao invés de ser convocado por Dilma, o governador do Amapá
recebeu convite das mãos de François Hollande e teve a possibilidade de
conversar com os dois presidentes ao mesmo tempo.
A falha, que poderia ter sido corrigida, voltou a
se repetir...
Legenda da foto:
1996: Capiberibe; FHC e Chirac
2012: Dilma, Camilo e Hollande
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