Leia a íntegra:
"Informamos que não
procedem as informações da reportagem “Senado comprou computadores por preço
50% maior”, de autoria do jornalista Chico de Góis, publicada pelo jornal O
Globo no último domingo, 16 de dezembro.
Conforme previamente
informado ao repórter em nota enviada na sexta-feira (14), a comparação de
preços entre produtos de tecnologia da informação sem minucioso detalhamento
leva a resultados incorretos, uma vez que computadores de mesma marca e modelo
sofrem grandes variações de custo em virtude de suas configurações.
Apesar do alerta, foi
publicado texto comparativo sem a indicação das especificações consideradas e
que evidencia desconhecimento do assunto pelo autor. Tanto o edital com o
termo de referência quanto a proposta da empresa vencedora haviam sido encaminhados
ao jornalista, embora já disponíveis em portais de transparência, para
facilitar pesquisa de preço e permitir apuração mais profunda. A
configuração exigida em edital é específica para atender as necessidades do
Senado e não corresponde a um modelo comercial. Tendo em vista a
gravidade da acusação, sem a citação das referências usadas, solicitamos o
detalhamento da pesquisa realizada pelo jornal, incluindo equipamento usado
como parâmetro, preços e fornecedores.
A compra das estações de
trabalho pelo Senado seguiu rigorosamente todo o rito licitatório legal. Uma
das etapas do processo, a pesquisa de preços de mercado, realizada por setores
técnicos da Casa para essa configuração, resultou em estimativa de custo unitário
de R$ 3.408,13 (três mil, quatrocentos e oito reais e treze centavos). A
proposta vencedora foi de R$ 2.879,00 (dois mil, oitocentos e setenta e nove
reais), aproximadamente 85% do preço de mercado verificado na pesquisa. A
licitação foi realizada publicamente por pregão eletrônico para registro de
preços, com pelo menos seis empresas concorrentes, sem ocorrência de
questionamentos ou pedidos de impugnação. O primeiro lote previsto no
edital, de 1500 máquinas, visa substituir unidades com oito anos de uso,
adquiridas em 2005, já defasadas e sem possibilidade de manutenção, em virtude
da escassez de peças compatíveis.
Além de informação
incorreta, o jornal omite de seus leitores importantes informações prestadas
pelo Senado. Ao contrário do trecho “não informou, apesar da solicitação do
GLOBO, quantos e quais foram os participantes do pregão eletrônico nem o preços
cobrados por eles”, a nota enviada pela assessoria de imprensa explicou que
“todas as informações relativas ao pregão nº 168/2012, como especificações,
empresas participantes e preços, são públicas e estão disponíveis nos portais
da Transparência
do Senado(www.senado.leg.br/transparencia)
e de compras do Governo Federal Comprasnet (www.comprasnet.gov.br)”.
A opção pela divulgação dos dois endereços, e não sua omissão, seria a mais
adequada a um jornal, especialmente em reportagem que se pretende
fiscalizadora."
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