(…) Ajustando o foco para o Amapá, nós novamente nos destacamos neste Censo com o maior crescimento populacional do país, uma evolução de 41% em relação ao que foi contado em 2000, representando uma taxa de crescimento populacional de 3,44% ao ano, quase três vezes maior do que o ritmo do Brasil. Por mais que este indicador seja elevado e preocupante pela pressão exercida sobre a infraestrutura local, o ritmo de avanço populacional também está caindo, pois era de 5,6% anuais no último Censo. Outros dados interessantes do Censo em relação ao Amapá: o município de Pedra Branca do Amapari apareceu como o 3º que mais cresceu proporcionalmente no Brasil, passando de 4 mil para 10 mil habitantes na década. A taxa de urbanização no Amapá é maior do que a do Brasil. Para surpresa de muitos, quase 90% da nossa população mora em cidades. Com relação à dinâmica populacional, é interessante comparar a pirâmide etária do Amapá com a do Brasil. Nas pirâmides é possível observar a distribuição populacional por idade e gênero e saber, por exemplo, a evolução demográfica esperada e a capacidade da sociedade em sustentar as pessoas em faixas de idade inativas (muito jovens ou muito idosos). Assim, o Brasil vive um momento de “bônus demográfico”, com mais de dois terços da população em idade produtiva. Já o Amapá apresenta a base da pirâmide muito alargada, o que significa forte crescimento populacional e proporção maior de pessoas a serem sustentadas por quem já está na fase ativa (elevada “razão de dependência”). No entanto, como temos o vértice bem estreito, o que significa reduzida presença de pessoas idosas, deverá haver nos próximos anos um saldo positivo de ingresso nas faixas produtivas, o que proporcionará boa condição de desenvolvimento econômico para o Estado, inclusive porque o crescimento populacional aqui, apesar de elevado, esteja se comportando com nítida tendência de queda.
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