terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

O GLOBO
CORTES QUE DILMA NEGAVA ATINGIRÃO ATÉ OBRAS DO PAC

Depois das eleições, a realidade. Todos os ministérios terão redução no orçamento e só Bolsa Família vai escapar. Um mês após o fim da campanha eleitoral - em que a presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou insistentemente que não faria ajuste fiscal -, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que haverá um corte de gastos generalizado a partir de 2011, que vai atingir toda a Esplanada dos Ministérios. Mantega admitiu que nem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tão divulgado pelo marketing da campanha petista, será poupado. Apenas projetos prioritários, como o Bolsa Família, ficarão livres do ajuste. O ministro não informou o tamanho do corte, mas avisou que tentará adiar, no Congresso, a tramitação de projetos como o reajuste do Judiciário e o de policiais e bombeiros. Além dos cortes, o governo vai reduzir o repasse de recursos do BNDES, de modo a abrir espaço para que bancos privados assumam a dianteira na oferta de crédito. (Págs. 1 e 3)

Em 1ª versão, texto prevê criar órgão com poder de multar emissoras de rádio e TV. O governo federal estuda a criação de um órgão, a ANC (Agência Nacional de Comunicação), para regular o conteúdo de rádios e TVs, relata Andreza Matais. Ele substituiria a Ancine (Agência Nacional do Cinema). A proposta, que será levada à presidente eleita Dilma Rousseff como sugestão, vem de grupo de trabalho comandado pelo ministro Franklin Martins, criado há seis meses para discutir o marco regulatório do setor. A nova agência teria poderes para aplicar multas por programação considerada ofensiva, preconceituosa ou inadequada ao horário. O texto também proíbe que políticos com mandato tenham rádios e TVs. Para o governo, não haverá censura: o conteúdo será analisado após veiculação. O setor, porém, vê brechas para cerceamento. (Págs. 1 e A4)

Esquema, revelado pelo 'Estado', envolve negócios de pelo menos R$ 16 milhões. O projeto do Orçamento da União de 2011, relatado pelo senador Gim Argello (PTB-DF), prevê pelo menos R$ 16 milhões em emendas de parlamentares a entidades fantasmas criadas apenas para intermediar convênios com o governo. O Estado revelou anteontem que a prática já ocorreu neste ano, com a intermediação do próprio Argello. Esses contratos são firmados para realizar eventos culturais, cujos orçamentos e prestações de contas são superfaturados, fraudulentos e assinados por laranjas. Os campeões de emendas destinadas a essas entidades para o exercício de 2011 foram os deputados Laerte Bessa (PSC-DF), Luciana Costa (PR-SP) e Geraldo Magela (PT-DF). (Págs. 1 e Nacional A4)



Acordo será fechado hoje pelos governos estadual e federal Já instaladas em 12 comunidades do Rio, as Unidades de Polícia Pacificadoras ganharão mais um trunfo para conquistar o apoio da população. Um convênio que será assinado hoje num hotel da Zona Sul permitirá que as UPPs sejam acompanhadas de postos da Defensoria Pública, da justiça trabalhista e de cartórios de registro civil. Batizadas de Núcleos de Acesso à Justiça, essas unidades terão a garantia do Conselho Nacional de Justiça, integrado a outros órgãos federais, inclusive de direitos humanos. (Págs. 1 e Rio, 13)

Caro, demorado e ineficiente. Esse é o sistema de transporte público no Distrito Federal, seguramente um dos problemas mais graves a desafiar Agnelo Queiroz à frente do Buriti. No terceiro dia da série de reportagens sobre a realidade brasiliense às vésperas de um novo governo, o Correio expõe a inoperância de um sistema atrasado, que penaliza 1,5 milhão de pessoas todos os dias. A tarifa média de R$ 2,50 é das mais altas do país, e ainda assim os passageiros enfrentam longas filas, falta de ônibus e ausência de integração com o metrô. As falhas acumuladas pelas empresas rodoviárias sobrecarregam o transporte sobre trilhos. Passageiros cobram mais vagões, especialmente nos horários de pico. Nesses períodos, viagens em trens superlotados, como ocorre entre Ceilândia e Taguatinga, são rotineiras.(Págs. 1,32 e 33)

Decorridos 16 anos da entrada em vigor do Plano Real, o grau de indexação da economia brasileira ainda provoca estragos, mas diminuiu significativamente. As tarifas de energia elétrica e telefonia fixa, com peso expressivo na inflação, consideram a produtividade e custos específicos que amorteceram o repasse automático do passado - e se descolaram bastante dos Índices Gerais de Preços (IGPs). Mas a influência da inflação pretérita subsiste no aluguel e na educação, enquanto que a variação do salário mínimo alavanca os custos da mão de obra. Levantamento do Valor aponta que 32,7% dos itens relevantes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são indexados total ou parcialmente - energia, telefonia fixa, aluguel, condomínios, empregado doméstico, mão de obra, educação, planos de saúde, água e esgoto, produtos farmacêuticos, pedágios e transporte urbano. Acreditar que a inflação do ano seguinte será pressionada porque o IGP-M do ano anterior foi alto, como em 2009, deixou de ser uma aposta confiável, diz o economista Fábio Romão, da LCA Consultores. De 2000 a 2005, os preços administrados aumentaram 96,1%, enquanto o IGP-M acumulou em alta de 88%. Já de 2006 a outubro deste ano, a evolução foi bastante diferente: os preços administrados no IPCA avançaram 17,6%, pouco mais da metade dos 31,6% do IGP-M no período. (Págs. 1 e A3)


Veja também

ARTIGOS

Esse é o título - escolhido por Guimarães Rosa - da obra-prima escrita pelo historiador José Honório Rodrigues. Sua primeira edição é de 1961, tendo-a revisto Jose Honório para a segunda edição, de 1964. A terceira e última, de 1980, já daria conta das relações do Brasil com os novos países africanos, libertos do jugo salazarista. O livro de José Honório é uma preciosidade sob vários aspectos. Em sua primeira parte, o autor empreende cuidadosa sistematização sobre a presença do africano no Brasil, para depois debruçar-se sobre nossas relações externas com a África, desde a independência até o final da década de 70 do século XX. O Brasil seria alijado da África pela Inglaterra em meados do século XIX. Essa potência almejava, com o fim do tráfico, não apenas favorecer suas colônias, mas também deslocar o Brasil de seu comércio vultoso com o continente. Conta-nos José Honório que se a África fosse para nossa elite branca dos tempos coloniais o reservatório de "um povo bárbaro e pagão", condenado ao trabalho, depois do tráfico, ela ficaria no nosso inconsciente de país independente como uma "unidade geográfica e humana tão longínqua e afastada quanto os polos". Portanto, durante mais de um século, do fim do tráfico até 1960, o Brasil ficaria alheio ao que se passava na África, regionalizando a sua política externa e mantendo-se sempre dependente dos desígnios das potências ocidentais. Mesmo quando o país volta a ter uma política externa mais autônoma, esta se vê manchada pela influência nefasta da nossa relação com Portugal, o que só mudaria a partir de 1975, com o reconhecimento imediato da independência de Angola.

COLUNAS

É baiano (Correio Braziliense - Brasília-DF)

A bancada do PT reúne-se hoje para discutir a eleição da Mesa da Câmara, cuja Presidência pleiteia com base no critério da proporcionalidade. Na nova legislatura, desbancando o PMDB, será a maior bancada. Há quatro candidatos petistas a presidente da Câmara: o líder do governo, Cândido Vaccarezza (SP); o primeiro-secretário da Casa, Marco Maia (RS); e os ex-presidentes da Câmara João Paulo Cunha (SP) e Arlindo Chinaglia (SP). Dividida, dificilmente a bancada chegará a um consenso na reunião de hoje.***O grande trunfo do PT na eleição para a Mesa da Câmara é o acordo já fechado com o PMDB, no qual o líder Henrique Eduardo Alves (RN), que pleiteava a Presidência no próximo biênio, abriu mão da disputa em troca de apoio para o biênio seguinte. O Senado está fora desse rodízio, pois o PMDB não abre mão de comandá-lo durante todo o governo Dilma Rousseff. Sem esse acordo, o PT teria muitas dificuldades com os demais aliados.

Balanço Meirelles (O Globo - Panorama Econômico)
A importância do cargo (Jornal de Brasília - Do Alto da Torre)
Com governo quieto, dólar mira R$ 1,65 (Valor Econômico - Por dentro do mercado)
Fazendo omelete (Correio Braziliense - Brasil S.A)
Lançamento (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
O PMDB encolhe (O Globo - Panorama Político)
Ortodoxia cautelosa (Valor Econômico - Brasil)
Paulistério de Dilma é coisa antiga (Valor Econômico - Política)
Previsão do tempo (O Estado de S. Paulo - Direto da Fonte)
Principismos e pragmatismos (Correio Braziliense - Nas Entrelinhas)
Segurança do público (O Estado de S. Paulo - Dora Kramer)
Sinais de mudança (O Globo - Merval Pereira)
Só à força (Correio Braziliense - Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido)


ECONOMIA

BB desembolsa no ano recorde de R$15 bi (O Globo)

Recursos vêm de linhas de crédito de longo prazo do BNDES O esforço do governo para incentivar investimentos levou o Banco do Brasil (BB) a desembolsar, de janeiro a outubro deste ano, R$15 bilhões em recursos do BNDES, um recorde histórico. O volume supera em 64% os desembolsos registrados no mesmo período do ano passado (R$9,17 bilhões) e é 20% maior que todo o valor repassado em 2009, quando já havia batido a marca histórica de R$12,3 bilhões. O BB espera um aumento ainda maior a partir de 2011, sobretudo com as perspectivas de investimentos do pré-sal. - A tendência é continuar crescendo, acompanhando a economia brasileira - disse o diretor de crédito do BB, Walter Malieni. Segundo mapeamento do banco, pelo menos 70 mil empresas da cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás poderão dispor dessas linhas de crédito de longo prazo. O BB criou uma área específica para acompanhar as necessidades de investimento no setor. Até outubro, foram feitas 192,3 mil operações de crédito de longo prazo com recursos do BNDES por intermédio do BB, sendo 184,5 mil (95%) para empresas com faturamento anual até R$90 milhões. Quase 35% foram destinados à indústria e 18,2%, ao agronegócio. As operações de BNDES Automático e Finem representam 25% do total de repasses e são direcionados a projetos de investimentos, como os do setor elétrico e da construção pesada. (Vivian Oswald)

BB recomenda compra de papéis da petroleira HRT (Valor Econômico)
BC pode autorizar BNDES a emitir LF para captar recursos adicionais (Valor Econômico)
Braskem inova para disputar mercado do pré-sal (O Estado de S. Paulo)
BTG Pactual anuncia aporte de US$ 1,8 bilhão de sócios estrangeiros (O Estado de S. Paulo)
Caderneta tem captação de R$ 4 bilhões em novembro (Valor Econômico)
Correios: dívida de R$1,5 bi com fundo de pensão (O Globo)
Cresce aposta em Selic de 12,75% ao final de 2011 (Valor Econômico)
Custo de energia e câmbio fazem Novelis fechar fábrica na Bahia (O Estado de S. Paulo)
Disposição de Dilma para reduzir gastos não convence (O Estado de S. Paulo)
Dólar ladeira abaixo (Correio Braziliense)
Economia perdeu o fôlego no 3º trimestre (O Globo)
Efeito de compulsório na economia dura pouco (O Estado de S. Paulo)
Em 2011, soja pode superar US$ 20 bilhões (Valor Econômico)
Emissão de debênture cresce 62% (Valor Econômico)
Equipe de transição quer ''nome de mercado'' em diretoria do BC (O Estado de S. Paulo)
Europeus miram no carbono do Brasil (O Globo)
Fundos soberanos da China e Cingapura entram no BTG (Valor Econômico)
Governo prepara medidas para estimular renda fixa (Valor Econômico)
INDEXAÇÃO PERDE FORÇA, MAS AINDA DÁ FÔLEGO À INFLAÇÃO (Valor Econômico)
IPCA pode chegar a 0,92% (Correio Braziliense)
Lula confirma construção de estaleiro no Rio Tietê (O Globo)
Mantega admite que cortes podem atrasar obras do PAC (O Estado de S. Paulo)
Mantega prevê cortes no PAC (Correio Braziliense)
Meirelles vê rating maior (Valor Econômico)
Ofertas quase públicas (Valor Econômico)
ORÇAMENTO DE 2011 REPETE CONTRATOS COM ENTIDADES FANTASMAS (O Estado de S. Paulo)
Pacote do BC quase dobra juro para carro (O Estado de S. Paulo)
Pacote leva consumidor a antecipar compra (O Estado de S. Paulo)
Para a CNI, medidas vão reduzir ritmo da indústria (O Estado de S. Paulo)
Para ministro, alta da inflação é temporária (O Estado de S. Paulo)
Para presidente do BC, agências deveriam melhorar nota do Brasil (O Globo)
PIB em ritmo mais lento (O Globo)
Poupança capta R$ 3,88 bi em apenas um dia (O Estado de S. Paulo)
Previdência terá gasto extra de R$ 1,5 bilhão (O Estado de S. Paulo)
Projeto para autonomia (Correio Braziliense)
Pré-sal: Gabrielli diz achar justo que Rio receba mais por ser produtor (O Globo)
Rating do Brasil está abaixo do que deveria ser, diz Meirelles (O Estado de S. Paulo)
Sobras de ações criam oferta de R$ 2,16 bi (Valor Econômico)
Tentativa de transparência (Correio Braziliense)
Venda de carro bate recorde pelo 5º ano seguido (O Estado de S. Paulo)
Venda de veículos sobe 30% em 1 ano (O Globo)


POLÍTICA

'Grandeza não é atender aos teus', diz o presidente (O Estado de S. Paulo)

Em seus últimos dias no governo, o presidente Lula disse ontem que aprendeu a governar não apenas com as pessoas próximas. Num discurso para prefeitos e governadores no Palácio do Planalto para anunciar novas liberações de verbas para obras do PAC, ele ressaltou que a sucessora, Dilma Rousseff, também aprendeu a "lição" e destacou a importância de parcerias também com prefeitos e governadores oposicionistas. "Ganhar a Presidência da República não dá direito de só colocar os teus no governo. A grandeza não é atender aos teus, é atender aos outros sem perguntar para onde vão."

A escolinha de projetos do professor Lula (Correio Braziliense)
Após 'ruídos' com o PMDB, afagos entre Lula e Cabral (O Estado de S. Paulo)
Argello decide cancelar verbas que tinha enviado (O Estado de S. Paulo)
As contas de Dilma (Correio Braziliense)
Aécio busca aproximação com Alckmin (O Estado de S. Paulo)
Aécio defende aproximação com o PSB para reeditar parceria de 2008 (Valor Econômico)
Aécio: antecipar nome do PSDB é 'tática suicida' (O Globo)
BNDES cederá espaço para bancos privados (O Globo)
Colombo anuncia sete secretários em SC (Valor Econômico)
Comissão de Orçamento já enquadrada (O Globo)
Constrangimento no 'Beijódromo' (O Globo)
CORTES QUE DILMA NEGAVA ATINGIRÃO ATÉ OBRAS DO PAC (O Globo)
Cotado para a Saúde tem perfil de gestor (Valor Econômico)
Decisão sobre caças caberá a Dilma (O Globo)
Dengue: governo alerta para epidemia (O Globo)
Deputado critica resistência de mídia a controle (O Estado de S. Paulo)
Deputados elogiam posição de Dilma sobre Irã (O Globo)
Dilma confirma manutenção de Jobim (O Estado de S. Paulo)
Dilma oferece Previdência a Eduardo Braga (O Globo)
Dilma resiste a dar cheque em branco para o PMDB (Valor Econômico)
Discussão com Jobim sobre aeroportos (O Globo)
Eduardo Braga deve ir para a Previdência (Valor Econômico)
Eduardo Braga é o novo ministro da Previdência (O Estado de S. Paulo)
Emenda beneficia envolvida em escândalo do Orçamento (Valor Econômico)
Emendas do Orçamento da União de 2011 repetem 'farra dos institutos' (O Estado de S. Paulo)
Europa e ONGs elogiam posição de Dilma sobre Irã (O Estado de S. Paulo)
Ex-deputado Gomes Talarico morre no Rio (O Estado de S. Paulo)
Favorito para o STF, Adams elogia a Ficha Limpa (Valor Econômico)
Genro escolhe interino para a Secretaria da Fazenda (Valor Econômico)
Jobim e Dilma se acertam (Correio Braziliense)
Jobim fica; aeroportos terão secretaria (O Estado de S. Paulo)
Laranja que 'assina' prestação de contas é analfabeto (O Estado de S. Paulo)
Lula confirma que Dilma levará PAC da Casa Civil para o Planejamento (O Globo)
Lula decidirá sobre Battisti, STF e caças (Valor Econômico)
Lula é chamado de 'demagogo' por estudantes da UnB (O Estado de S. Paulo)
Manguinhos pode perder status de refinaria (O Globo)
Minha Casa, Minha Vida também afetada (O Globo)
No Acre, TRE pede prisão de deputada eleita (O Estado de S. Paulo)
Oposicionistas identificam bom senso nas declarações (O Estado de S. Paulo)
Para Aécio, petista é incógnita (Correio Braziliense)
Para presidente, segundo mandato foi uma bênção (O Globo)
Parlamentares cogitam adiar votação e substituir relator (O Estado de S. Paulo)
Patriota citou desconfiança ao embaixador dos EUA (O Estado de S. Paulo)
Presidente eleita acha inadmissível silêncio do Brasil (O Estado de S. Paulo)
Presidente orienta prefeitos a enviar projetos para Miriam Belchior (Valor Econômico)
Recursos bilionários encalhados (Correio Braziliense)
Rédeas curtas (O Estado de S. Paulo)
Semana Nacional pela Conciliação atende mais de 700 mil pessoas (O Globo)
Suspeitas levam Gim a cancelar emendas (Correio Braziliense)
Talarico, jornalista (Correio Braziliense)

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