Depois de aprovado no Senado, tramita na Câmara Federal projeto de lei do
deputado Sebastião Bala
Rocha (PDT-AP) que cria a Área de Livre Comércio de
Oiapoque (Alco) na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. Por enquanto, o
projeto é analisado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados, mas já foi aprovado pelas comissões da Amazônia e de Desenvolvimento
Econômico, Indústria e Comércio. A análise e parecer da Comissão de Finanças e
Tributação são os últimos trâmites para a matéria seguir para discussões e
decisão plenárias da Câmara
Federal. O deputado Vilson Covatti (PP-RS), que atuou como relator do
projeto de lei na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio,
concluiu parecer afirmando que a proposição do deputado Bala Rocha é meritória do ponto
de vista econômico. Ao apresentar a proposta, ainda em 2010, Sebastião Bala Rocha apontou Oiapoque como
um município brasileiro carente em decorrência de fechamento de garimpos e
crescente falta de diálogo entre as comunidades brasileira e francesa na
região, o que, disse o deputado, estimula conflitos preocupantes. Bala pôs em
destaque, no projeto, que a ponte binacional no rio Oiapoque beneficiará
sobremaneira a França a partir da possibilidade de utilização do Porto de
Santana, de maior calado que o Porto de Caiena. O parlamentar também prevê que
com a ponte mercadorias brasileiras poderão chegar a Caiena pela BR-156. “Mas,
em relação ao povo amapaense, que não dispõe de visto e que é discriminado e
tratado como intruso e invasor, delinqüentes a serem presos e deportados caso
cruzem a fronteira, a situação não se afigura tão promissora”, avaliou Bala Rocha. O deputado estabeleceu no
projeto de lei que a Alco, como a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana,
será vinculada à Superintendência da Zona Franca de Manais (Suframa). Para
Sebastião Bala Rocha, a
Área de Livre Comércio de Oiapoque refletirá em aumento da geração de riqueza
na região fronteiriça do Amapá, aliviando a grave escassez de emprego e de
geração de receita fiscal que atingem pesadamente o município e o estado do
Amapá, sem perspectiva de reversão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário