Com ausência de Dilma Rousseff, Michel Temer e
Marco Maia, presidente do Senado assume cargo após 22 anos
Vinte e dois anos depois de deixar a Presidência da
República, o senador José Sarney (PMDB-AP) assume na próxima quinta-feira, 12,
interinamente, o mais alto cargo do Poder Executivo. A honraria que termina já
no domingo foi proporcionada pela somatória de viagens da titular Dilma
Rousseff para França e Rússia, do vice Michel Temer a Portugal e do presidente
da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), ao Panamá. Esta é a primeira vez
que Sarney volta a ser presidente do Brasil e planeja uma "gestão"
discreta: não pretende receber visitas oficiais, nem despachar. Um de seus
braços direito tentou justificar a conduta pelo senador escolhida: "O
Sarney é um 'lord'". Na manhã da quinta, era previsto que ele recebesse à
porta de sua casa o comboio presidencial, com seguranças e batedores formados
por homens e mulheres. À bordo do carro oficial, deve ser escoltado direto para
a garagem do Palácio do Planalto, onde subirá ao gabinete da Presidência pelo
elevador privativo, passando longe da rampa por onde desceu em 1990, quando
passou sua faixa verde-e-amarela para o ex-presidente e hoje senador Fernando
Collor (PTB-AL). De acordo com a Presidência da República, não haverá
solenidade para a troca de comando do País. No fim da tarde desta quarta,
Sarney e Maia foram à Base Aérea do Distrito Federal para se despedirem de
Temer, o presidente em exercício. Aos 82 anos, é a segunda vez que Sarney
assume interinamente o comando do Brasil. A primeira foi em 1985, na posição de
vice-presidente, substituindo o então eleito Tancredo Neves, que se recuperava
de uma operação de última hora.
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