A eleição do Senado, realizada no dia 1º de
fevereiro, que decretou a escolha do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como o
novo presidente da Casa, não foi suficiente para cessar os protestos de
parte da sociedade civil que contesta a escolha. Depois de lançarem via
internet uma petição online contrária ao senador Renan na presidência do
Senado, nesta quarta-feira (20), 15 caixas contendo 1,6 milhão de assinaturas
impressas foram entregues no Senado. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o
deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e mais cinco senadores participaram do ato
simbólico no Senado. “Dizer que não acabou com a eleição de Renan, é a demonstração
de que a sociedade continuará mobilizada. Mas precisamos também mobilizar esses
corações virtuais para que eles venham às ruas fazendo com que os parlamentares
sintam o calor da pressão popular”, disse Randolfe. Randolfe ressalta que a
entrega no Senado foi um ato simbólico, mas caso o STF aceite a denúncia
apresentada pela PGR em janeiro, os senadores terão um fato novo para outros
encaminhamentos.
Conta não fecha: A manifestação de protesto da
sociedade civil intimidou alguns parlamentares. De acordo com Pedro Abramovay,
diretor de campanhas da Avaaz (entidade que hospedou a petição online), “a
conta não fecha”. O resultado oficial da eleição foi de 56 votos para Renan e
18 para Pedro Taques. Porém, em enquete realizada pela imprensa, apenas 35 senadores
declararam o voto em Renan. Após a entrega das 1,6 milhão de assinaturas aos
senadores, os representantes da petição online foram até o STF, onde
protocolaram um documento pedindo celeridade ao ministro Ricardo Lewandoviski
na análise da representação contra Renan Calheiros, protocolada pela PGR.
40 mil e-mails: Só nesta semana, o e-mail
institucional de Randolfe recebeu mais de 40 mil mensagens da sociedade civil,
em protesto ao Presidente do Senado. As mensagens, além de pedirem celeridade
na análise da denúncia contra Renan pelo STF, pedem a mobilização dos senadores
pelo impeachment de Renan. Além
disso, demonstram a insatisfação da população com o resultado da eleição para
presidência do Senado realizada no dia 1º de fevereiro.
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