sexta-feira, 18 de março de 2011

Filho narra em livro saga do exílio de Abelardo Jurema

“Ao presidente José Sarney, com admiração e respeito pela sua trajetória de homem público indispensável à Nação". Essa foi a dedicatória do jornalista Abelardo Jurema Filho para o senador Sarney, em seu livro "Cesário Alvim 27 – Histórias do filho de um exilado", lançado nessa noite na biblioteca do Senado Federal. O livro traz as memórias do filho de Abelardo Jurema político e ex-senador, com vários cargos públicos – de prefeito, ainda no Estado Novo, senador, ministro de João Goulart, como relembra o presidente Sarney, na contracapa do livro: " Foi uma figura afável, de muitas amizades e fácil convívio.Seu longo exílio foi uma dessas crueldades do destino".Apesar de ser muito querida na rua em que morava no Rio de Janeiro – "a casa de Cesário Alvim, 27, que era um verdadeiro templo de alegria" - quando veio o golpe militar de 64, a família Jurema foi surpreendida, ao amanhecer, com ofensas pichadas nos muros e paredes do lar. Na madrugada, a casa fora invadida por militares do Exército, fardados e armados de metralhados. Seguiu-se depois nova invasão e disparos de arma de fogo. Abelardo pai, então, era ministro da Justiça e exilou-se no Peru, onde ficou por quatro anos. As lembranças ficaram fortemente marcadas na memória do autor. E se muitas memórias de exilados políticos já foram escritas, a diferença é que essa obra narra memórias do filho de um exilado - como conta o próprio título - um dos oito rebentos que passaram a viver como "órfãos de pai vivo".

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado

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