quarta-feira, 8 de junho de 2011

Embaixador de Cuba, Zamora Rodriguez, visita presidente do Senado

O presidente José Sarney recebeu a visita do embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Rafael Zamora Rodríguez, que o convidou para comemorar os 25 anos do reatamento das relações diplomáticas Brasil-Cuba. Sarney lembrou que como presidente da República restabeleceu as relações diplomáticas entre os dois países, em 26 de junho de 1986. A data será comemorada em Cuba, com um concerto de músicos brasileiros e cubanos, informou o embaixador. Zamora Rodríguez disse a Sarney que também deseja comemorar o 26 de junho no Brasil, com o Itamaraty e representantes do Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados foi reinstalado hoje o Grupo Parlamentar Brasil-Cuba integrado por 180 parlamentares. O objetivo é promover o intercâmbio de experiências políticas, econômicas e culturais. José Sarney e Zamora Rodriguez conversaram sobre as mudanças políticas e econômicas que estão sendo promovidas pelo presidente Raul Castro e sobre o estado de saúde de Fidel Castro. O embaixador disse que Fidel Castro conversou um hora e meia com o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em sua visita ao país caribenho em 4 de junho último. Mais de 8,5 milhões de cubanos participaram nos últimos meses dos debates e elaboração de propostas de mudanças do sistema econômico e político daquele país, segundo o diplomata cubano. Em janeiro do próximo ano haverá um encontro para decidir sobre as propostas de descentralização do papel do Estado e do partido em Cuba. A criação de um sistema empresarial e o papel da iniciativa privada está em debate.

Na presidência da República

Em 1986, no seu segundo ano de mandato como presidente da República, José Sarney promove o reatamento das relações diplomáticas com Cuba. O processo se inicia com a instrução do presidente, para o Itamaraty, de iniciar contatos com representantes do governo cubano pelas vias formais. Segundo depoimento do secretário-geral do Itamaraty, Paulo de Tarso, dentro da instituição não havia resistências à iniciativa. A percepção da Casa coincidia com a de Sarney: o regime cubano não representava risco maior ao Brasil e a reaproximação com Cuba poderia contribuir para trazer aquele país de volta à normalidade do convívio internacional. Os ministros militares, embora silenciosamente contrários à iniciativa, acatam de maneira disciplinada a diretriz traçada pelo presidente da República. Na noite de 14 de junho, em Paris, com a assinatura do embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, pelo Brasil, e do vice-ministro José Raul Vieira Linares, por Cuba, os dois países consumaram o restabelecimento de relações diplomáticas, 22 anos depois do rompimento.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado

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