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Maia (C) quer envolver a Câmara na discussão sobre policiamento mais ostensivo nas fronteiras.
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta quarta-feira ao diretor de Estratégia Sindical da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Paulo Paes, que analisará a possível criação de um grupo de trabalho para discutir a fragilidade da estrutura de fiscalização da PF nas fronteiras brasileiras.
“Seria interessante trazermos essa discussão para dentro do Parlamento, pois a situação que temos hoje é muito delicada”, afirmou Paulo Paes. Ele citou exemplos de localidades onde apenas um policial federal atua tanto no controle de estrangeiros quanto no combate ao crime.
No encontro com o presidente da Câmara, o dirigente sindical estava acompanhado do deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF). O parlamentar disse que vai levar as denúncias feitas pelos policiais federais à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
Segundo Fonseca, "Marco Maia demonstrou muito interesse em apoiar os Ministérios da Justiça e da Defesa em um debate sobre o tema, envolvendo a Câmara nesse projeto de fazer um policiamento mais ostensivo nas fronteiras do Brasil”.
Estrutura insuficiente
O representante da Fenapef apresentou ao presidente da Câmara um relatório segundo o qual, espalhadas ao longo dos 16,8 mil quilômetros das divisas do Brasil, há 17 delegacias de fronteira com um efetivo total de 868 servidores, “estrutura insuficiente para coibir o tráfico de drogas, armas e munições”.
Um exemplo está em Epitaciolândia, no Acre, fronteira com a Colômbia, país que é um dos maiores produtores de cocaína do mundo. Lá, existem três agentes que fazem só o controle de imigração, pois não têm condições de realizar outras atividades, como busca por drogas, conforme denuncia a Federação.
Segundo Paulo Paes, o objetivo do grupo de trabalho a ser criado “é discutir ações e políticas públicas em nossas fronteiras, sob a visão do operador policial que enfrenta dificuldades cotidianamente”. O presidente Marco Maia afirmou que dará encaminhamento ao pedido, ressaltando a urgência de garantir mais segurança aos policiais que trabalham nas fronteiras e ao País.
O diretor de Estratégia Sindical disse ainda ao presidente da Câmara que é necessário que haja uma mudança estrutural na Polícia Federal com a valorização dos policiais. “Temos uma polícia focada na burocracia do inquérito policial, o que inviabiliza o papel de polícia investigativa, preventiva e de repressão ao crime”.
Reportagem - Ginny Morais/Rádio Câmara
Edição – Newton Araújo
Edição – Newton Araújo
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