segunda-feira, 20 de junho de 2011

Copa de 2014: Marco Maia descarta CPI para investigar ações da Fifa

Rodolfo Stuckert
Presidente Marco Maia
Marco Maia: Câmara já possui mecanismos de acompamento das obras da Copa.
O presidente da Câmara, Marco Maia, descartou a necessidade de uma CPI para investigar as ações da Federação Internacional de Futebol (Fifa) em relação à Copa do Mundo de 2014. Denúncia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo afirma que a entidade estaria pressionando as cidades-sede da Copa a firmar contrato com empresas indicadas por ela.
Marco Maia ressaltou que a Casa já tem mecanismos de acompanhamento das obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. "Nós temos é de fazer com que os instrumentos que a Câmara possui possam ser acionados para fiscalizar e acompanhar a organização desses eventos. Mas não com o intuito de prejudicar ou perseguir alguém, e, sim, com a intenção de contribuir para que a Copa aconteça da melhor maneira possível”, afirmou.
Alguns parlamentares, no entanto, insistem na criação de uma CPI para investigar as ações da Fifa no Brasil. É o caso do deputado Jorge Pinheiro (PRB-GO): "À medida que as denúncias forem se avolumando e novos fatos surgirem, chegará o ponto em que teremos de instaurar a CPI, porque ela tem poder de polícia. Essa comissão tem o poder de convocar investigados, de quebrar os sigilos bancário e telefônico, a fim de descobrir a verdade dos fatos”.
Audiência pública
Para saber que providências estão sendo tomadas pelo governo para coibir o direcionamento nos processos de licitação das obras da Copa de 2014, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle quer ouvir o ministro dos Esportes, Orlando Silva; o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage; e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo, que é relator – no tribunal – dos processos referentes ao evento esportivo. A audiência pública ainda não tem data marcada.

O autor do requerimento para realização do debate, deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), lembrou que o direcionamento é prejudicial porque eleva os preços dos contratos. "Não podemos viver num país em que a lei é colocada de lado. Espero honestamente que o governo não esteja caminhando na direção de jogar fora a Constituição e todo o arcabouço jurídico que montamos", disse.
Reportagem – Karla Alessandra/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira

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