segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Gilvam Borges


Dinheiro fora

O chefe da oligarquia, aquele que manda de fato, faz discurso em solenidade, ladeado pela claque chapa-branca, anunciando a recuperação da JK “Sonrisal”. Um dia isso acaba.

A estupidez administrativa leva o governo do Estado a jogar fora R$ 2,423 milhões, para recuperar trechos da Rodovia JK. Material de péssima qualidade, conhecido como asfalto "Sonrisal". Aquele que basta somente um verão e um inverno, para aumentar as crateras antes existentes na pista. Sepulcro caiado, uma coisa que dá uma visão ilusória da realidade. Por fora, tudo bem, mas por dentro, tudo podre. Isso aí, é desperdício e malandragem licitatória. Aliás, é apenas uma operação tapa-buraco. Coisa para engabelar trouxas e desavisados. Seriedade não existe. Esses recursos, bem administrados, dariam para duplicar e asfaltar aquela rodovia com material de primeira qualidade, pelo menos 9km, chegando até a praia de Fazendinha. Quando passamos pela Av. FAB, que tem mais de 50 anos de pavimentação, onde se fez boa base, antigamente havia até pista de pouso para aviões. Hoje, as correções e manutenção necessárias são mínimas. É um exemplo de trabalho bem feito. Prova de que a cidade pode ser melhor estruturada e bonita, havendo vontade política e determinação de fazer as coisas bem feitas. Inquieta-nos ver o cinismo e a incompetência dessa gente. Eles são adeptos da mentira e do engodo. Hoje, dizem uma coisa, amanhã, outra. Como bem dizia a saudosa e tradicional Mãe Luzia: "Meu filho, não se bota remendo novo em pano velho." Já o famoso tremendão Erasmo Carlos, naqueles tempos do iê-iê-iê, afirmava: "Calça de veludo ou b... de fora. Porcaria, não." Aliás, o povo sabe de tudo isso. Entende e observa, impotente e frustrado, a traição perpetrada contra seu voto de confiança naqueles que prometeram aos quatro ventos a mudança e aí estão, perdidos e atolados nos problemas irresolvidos. Ainda vai chover bastante nos meses de novembro e dezembro. Até lá, muitos atrapalhos, pela inapetência daqueles que supostamente gerenciam o Estado.Para completar o show de ilusionismo, o chefe da oligarquia, aquele que manda de fato, faz discurso em solenidade, ladeado pela claque chapa-branca. Anunciando com voz embargada de falsa emoção, a recuperação da JK "Sonrisal". Um dia isso acaba.

Gilvam Borges é senador da República e líder da oposição no Amapá


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