terça-feira, 1 de novembro de 2011

Governo estadual é acusado de tentar boicotar Parada Gay

Sem apoio do governo, evento foi torpedeado durante a Expofeira: serviço de som anunciava que a passeata havia sido cancelada e adiada para 27 de novembro, quando acontece a Parada Gay chapa branca. Vítimas de preconceito e, muitas vezes, de agressões físicas, segmentos de homossexuais amapaenses agora estão sofrendo discriminação política. Por questões partidárias, o governo estadual não apoiou e ainda tentou boicotar a Parada Gay, organizada pela Federação Amapaense de LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis), realizada no último domingo (30). Durante a 48ª Expofeira, através do serviço de som, locutores anunciavam que a passeata havia sido cancelada e convocavam para a Parada Gay do próximo dia 27, coordenada pelo Grupo das Homossexuais Thildes do Amapá (Ghata), alinhado ao PSB. "O governador Camilo não apoiou o nosso evento, mas o governo não precisava tentar boicotar a Parada Gay através do sistema de som da Expofeira", denunciou Renan Almeida, secretário-geral da Federação Amapaense de LGBTs. Para ele, a interferência partidária equivale a tentar pintar de amarelo a bandeira arco-íris que simboliza o Movimento LGBT. Além da falta de apoio governamental para o evento e da propaganda contrária veiculada durante a Expofeira, milhares de mensagens de textos via celular também torpedearam a Parada Gay de domingo, enfatizando que a passeada havia sido cancelada e transferida para o dia 27. "O movimento LGBT sempre teve divisões, mas o acirramento acentuou-se com a posse do governador Camilo, que só apóia ações do Ghata", criticou Renan. Por causa das divergências e do alinhamento automático do Ghata com o PSB, em março deste ano foi criada a Federação Amapaense de LGBTs, que possui representantes nos 16 municípios do estado.


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