Prática Intolerável
Ora, uma pessoa sensata, hoje em dia, não pode aceitar de maneira alguma que um chefe de repartição, seja ele quem for, utilize desses expedientes, a fim de criar um clima de medo e terror sobre seus subordinados. Não faz muito tempo, num artigo de jornal, fiz referência à um problema muito sério - que ocorre entre os servidores públicos do Estado - problema que se agravou muito nos últimos tempos e do qual quero analisar aqui alguns aspectos. Trata-se do assédio moral, um tipo de atitude condenável e mesquinha, que está sendo rotina nas repartições públicas estaduais, provocando humilhações inaceitáveis e injustas, muitas vezes contra servidores antigos e com larga folha de bons serviços prestados ao Amapá. Ora, uma pessoa sensata, hoje em dia, não pode aceitar de maneira alguma que um chefe de repartição, seja ele quem for, utilize desses expedientes, a fim de criar um clima de medo e terror sobre seus subordinados. Na verdade, chefe que humilha seus subordinados, geralmente é inseguro, desinformado e não tem a capacidade necessária para chefiar nada, muito menos um requisito chamado relações humanas. Assim, pode-se admitir tudo, menos que os novos chefes de serviço, indicados ou nomeados, estejam levando para dentro das secretarias e órgãos auxiliares estaduais as conhecidas táticas de palanque político, semeando intolerância e perseguindo quem não votou ou apoiou os poderosos de turno. Outro aspecto, diz respeito ao fato do Amapá, em referência à sua área de serviços, possuir economia baseada nos contracheques dos servidores públicos. Motivo pelo qual a prática intolerável do assédio moral desarticula os ambientes de trabalho, desmotiva as pessoas e prejudica os cidadãos que precisam resolver seus assuntos nas repartições do Estado. É altamente preocupante que isso esteja acontecendo agora, justamente num momento em que o Estado necessita do trabalho dedicado e do apoio de todos, para que possamos superar nossos urgentes e graves problemas sociais. Por isso, os servidores públicos devem ser valorizados e estimulados a cada vez mais aperfeiçoarem sua capacidade - isto sim - através de cursos de reciclagem específicos. O assédio moral que está sendo denunciado - inclusive nas delegacias de polícia - deve ser investigado pelos Ministérios Público Estadual e Federal, recomendando-se, sem demora, ao gestor maior do Estado as enérgicas providências que o caso requer.
Gilvam Borges é ex-senador e, como se auto-intitula, “líder do governo paralelo no Amapá”
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