“Se não está bem para a pessoa com deficiência, não está bem para ninguém”, máxima defendida pelo vereador Clécio Luís (PSOL-AP), que participou na última sexta-feira (16) da abertura I Congresso sobre Síndrome de Down do Amapá. Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) “pessoas com deficiência não precisam de favores, mas de políticas públicas; não devem ser motivo de pena, mas de direitos assegurados”. Congresso foi construído com esforço de 30 pessoas lideradas pela professora Marinalva Oliveira, mãe de Gabriel, com Síndrome de Down, e coordenadora do Núcleo de Educação e Cultura da Unifap. Com estudos sobre mecanismos de inclusão com autonomia e com liberdade, o NEC foi contemplado no rol de emendas do senador Randolfe, com R$ 500 mil para projetos de tecnologias sociais e assistivas. A procura por inscrições para o Congresso, por parte de pais e professores, foi tamanha que as 450 vagas foram logo preenchidas. “Há uma invisibilidade social sobre as pessoas com Síndrome de Down”, disse Marinalva. Por essa razão o Congresso cumpre o papel de “oportunizar aos pais e profissionais de educação e saúde um espaço de discussão e troca de experiências”. Os organizadores do Congresso também têm a intenção de criar uma associação de apoio às pessoas com a síndrome. Os interessados em participar devem procurar o grupo no bloco K da Unifap, onde está sendo elaborada uma proposta de estatuto. No dia 19 de março, essa proposta será apreciada pelo coletivo do Congresso. Autor da Lei Geral da Acessibilidade no município de Macapá, Clécio diz que não é suficiente se apaixonar pela causa, é necessário investimentos em politicas públicas. Para isso, propôs que o Congresso defina como valor a autonomia do desenvolvimento cognitivo e social da pessoa com deficiência. “Revolucionar é eliminar a exclusão”, finalizou o senador Randolfe. Sobre inclusão com autonomia e liberdade, a cantora Juliele emocionou a todos durante a abertura do Congresso. A canção “Balada do Louco”, de Arnaldo Baptista e Rita Lee, sucesso com Os Mutante, foi interpretada por ela com coreografia espontânea de dois adolescentes com Síndrome de Down. A cantora chorou e disse que seu show no evento foi “um ato de amor”, porque tem parentes com a síndrome.
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