segunda-feira, 5 de março de 2012

Sarney define Barão do Rio Branco como o maior brasileiro do século 20

Ao abrir a sessão especial em homenagem ao centenário da morte do Barão do Rio Branco, o presidente José Sarney destacou que foi na presidência da República (1985-1990) que pode constatar a importância do chanceler como o estadista da construção do país que o Brasil é hoje. Na opinião de Sarney, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, foi "a grande figura do estadista, o grande brasileiro do século XX, que pensou de forma extraordinária na estratégia do país para o futuro, fazendo do Brasil, um país com fronteiras com dez países, sem nenhum problema com seus vizinhos". Sarney revelou que quando fez o acordo com a Argentina sobre o uso pacífico da energia nuclear, Declaração Conjunta de Foz do Iguaçu, "era em Rio Branco que eu pensava". O presidente do Senado comentou aspectos da biografia do Barão do Rio Branco que nascido no Rio de Janeiro, em abril de 1845, estudou na Faculdade de Direito de São Paulo e do Recife e viveu na Europa por 25 anos. Escolhido senador em 1862, Rio Branco foi "o principal construtor da lei do Ventre Livre, em 1871". A primeira grande missão, diplomática, relembra Sarney, foi quando o presidente Floriano Peixoto designou Rio Branco para defender os interesses brasileiros em conflito fronteiriço com a Argentina que já perdurava mais de 100 anos. "Rio Branco instalou-se em Nova Iorque e impôs a si e à sua equipe um ritmo de trabalho avassalador, como ele costumava fazer. Combinou a ação diplomática com o trabalho de pesquisa histórica e geográfica, conseguiu as instruções dadas aos demarcadores de 1758, que desmontavam completamente o argumento argentino". Para Sarney, Rio Branco firmou-se como símbolo da diplomacia brasileira ao dar início a uma "maneira de pensar o Brasil. De compreender sua complexidade e procurar seu lugar na cena internacional". 


O senador recordou que o Barão do Rio Branco observava o princípio de optar sempre "pela solução negociada nos conflitos.Tinha grande capacidade de organização, inteligência na construção do argumento, na elaboração da estratégia e no desenvolvimento da tática". Sarney registrou outros atributos do diplomata: "Seu conhecimento incomparável da história e da geografia brasileira e sua capacidade de identificar e incorporar a seu trabalho os mais lúcidos colaboradores". Os senadores Jorge Viana (PT-AC), primeiro signatário do requerimento para realização da sessão especial, Fernando Collor (PTB/AL) e Anibal Diniz (PT/AC), o presidente da Fundação Alexandre Gusmão, Gilberto Saboya, o diretor-geral do Instituto Rio Branco, embaixador Georges Lamazière e o representante do governo do Acre, deputado Marcos Afonso estiveram presentes à Mesa Diretora.
Link com o discurso na íntegra do presidente Sarney
 
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado 
Confira vídeo com homenagem do senador Sarney


Críticas de secretário da Fifa foram ‘intromissão indevida’, diz Sarney

Em entrevista à imprensa no início da tarde desta segunda-feira (5), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse considerar uma “intromissão indevida” as críticas de Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, sobre a preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. Ele também comentou as declarações do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que rebateu as críticas e disse que pedirá à entidade a substituição de Valcke na interlocução com o governo.
- Acho que o ministro Aldo Rebelo não falou somente em seu nome, nem do ministério, nem do governo brasileiro, mas falou em nome de todo o povo brasileiro e do nosso sentimento dessa intromissão indevida, da maneira grosseira como foi feita – disse Sarney.
Valcke afirmou na última sexta-feira (2) que o país não estava organizando a Copa do Mundo como deveria e, por isso, seus dirigentes mereciam “um pontapé no traseiro”.

Rodrigo Baptista / Agência Senado

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