A comissão externa que acompanha as denúncias de violência contra povo indígena Guarani-Kaiowá viaja hoje (10) ao Mato Grosso do Sul para ouvir os envolvidos. Os índios guarani-kaiowá são uma população de cerca de 40 mil pessoas que hoje vivem em pequenas reservas e acampamentos de beira de estrada. Eles afirmam ser vítimas de extermínio étnico na disputa pela propriedade das terras que ocupam no Mato Grosso do Sul. Os indígenas estão acampados na fazenda Cambará e anunciam que pode haver morte coletiva caso seja cumprida a liminar da Justiça Federal de Naviraí (MS) que determina a desocupação das terras. No entanto, uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP, MS) cassou a liminar, autorizando a permanência deles na fazenda.
A comissão deve ouvir:
– os índios acampados na fazenda Cambará, à margem do rio Hovy, no municípios de Iguatemi;
– os dois procuradores do Ministério Público Federal que atuam no caso: Marco Antonio Delfim (Dourados) e Pedro Gabriel Gonçalves (Ponta Porã);
– o proprietário da Fazenda Cambará, onde os índios se instalaram;
– o escritório da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ponta Porã;
– o juiz em Naviraí, responsável pela ação de reintegração de posse, Sergio Luiz Bonachella; e
– representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Campo Grande.
Fazem parte da comitiva os deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Geraldo Rezende (PMDB-MS), Janete Capiberibe (PSB-AP), Penna (PV-SP), Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e Sarney Filho (PV-MA); e os senadores Delcídio do Amaral (PT-MS), João Capiberibe(PSB-AP), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Waldemir Moka (PMDB-MS).
Após a viagem, a comissão se reunirá com representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em Brasília, para expor os resultados. Ainda não há data marcada para esse encontro.
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