Por Vinicius Neder/ Agência Estado
O "estresse" no abastecimento de
combustíveis, com aumento da importação da gasolina e de óleo diesel e queda
nas vendas de etanol hidratado, gera dificuldades para distribuidores e postos
de combustíveis, mas não há desabastecimento no País, na avaliação do Sindicato
Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). Segundo
Alisio Vaz, presidente da entidade, houve falta generalizada de combustível apenas
no Amapá. Nos demais Estados, houve problemas na entrega para os postos, mas
não desabastecimento de cidades inteiras. Gargalos na infraestrutura, como o
recebimento de gasolina e diesel nos portos do Nordeste, e a necessidade de
receber os combustíveis em "polos alternativos" a refinarias com a
produção no limite são os principais desafios dos investidores. "O
crescimento acelerado da demanda provoca gargalos. Por trás disso está o fato
de que estamos importando mais diesel e muita gasolina", disse Vaz, nesta
terça-feira, no Rio de Janeiro. Ele lembrou ainda que "navios não são
aviões" e os atrasos nas entregas quando há importação são mais
frequentes. Com as refinarias no limite, há também problemas específicos, como
a restrição no fornecimento de gasolina no Rio. Segundo Vaz, os postos de
combustível do Estado estão com problemas em suas encomendas desde meados de
novembro, por causa de uma parada para manutenção na Refinaria Duque de Caxias
(Reduc). Vaz informou que a manutenção, por parte da Petrobras, estaria para
terminar e que o fornecimento seria normalizado nesta semana. O Sindicom
divulgou na segunda-feira (10) projeção de vendas totais de combustíveis de 118
bilhões de litros em 2012, alta de 6,3% ante 2011. Com isso, o faturamento
total do setor deverá ficar em R$ 260 bilhões neste ano, ante R$ 240 bilhões em
2011.
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