A presidenta Dilma Rousseff, durante cerimônia em
que anunciou medidas para o setor portuário, nesta quinta-feira (6), voltou a
afirmar que o governo fará a redução da tarifa de energia elétrica no início de
2013, apesar de algumas resistências no setor. Segundo Dilma, o Brasil
deveria ter um dos menores custos de energia elétrica do mundo, e que o governo
fará esse esforço porque tem compromisso com o país e com a competitividade. “Eu quero falar do custo da energia. É um
tema muito importante demais para a competitividade da nossa economia e para a
continuidade do nosso desenvolvimento. A energia está em todos os lugares. É
inconcebível um país se desenvolver, crescer, sem energia. (…) Nós somos um dos
países que temos de ter a energia elétrica uma das mais baratas do mundo. E não
temos. Mas a boa notícia é que podemos ter, podemos caminhar para isso”, disse.
O governo havia anunciado que, a partir de fevereiro de 2013, a conta de luz das
residências ficaria 16,2% mais barata, enquanto que nas indústrias a redução
chegaria a até 28%. Dilma afirmou que o esforço feito pelo governo para manter
a redução não será trivial para o Tesouro do governo federal, já que existem
outras medidas em andamento, como a redução de tributos, alterando a folha de
pagamento, reduzindo o IPI, entre outros. “E o governo deu um passo. (…) Então, nesse primeiro passo, nós fizemos
uma proposta de reduzir o preço da energia elétrica. Essa proposta não foi
feita com o chapéu alheio. Esse chapéu que nós estamos usando é de todos os
brasileiros, porque é deles que é a energia elétrica, eles pagaram por isso.
Nós não estamos tirando de ninguém. É um equívoco. Nós estamos é devolvendo,
até tributo nós estamos devendo”, completou. Para Dilma, a redução do
custo de energia conjuga com as medidas anunciadas nesta quinta, na busca por
aumentar a competitividade, junto com as iniciativas lançadas para as rodovias,
ferrovias, redução de tributos e redução dos juros. “Mas nós temos não colaboradores nessa missão. E quando você tem não
colaboradores, os não colaboradores deixam no seu rastro uma falta de recursos.
Essa falta de recursos vai ser bancada pelo governo federal, pelo Tesouro do
governo federal. Agora, a responsabilidade por não ter feito isso, é de quem
decidiu não fazer. Quem não foi capaz de perceber que o Brasil tem hora para
tudo. Tem hora para a gente não prorrogar e tem hora para a gente prorrogar. A
hora de prorrogar, passou. Agora é a hora de devolver. E por isso, nós iremos
devolver.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário