quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Músicos pressionam o Senado



Em uma semana, projeto de lei que pede fiscalização do Ecad perde e retoma caráter de urgência para votação A proximidade da votação do projeto de lei 129/12, que nasceu na CPI do Ecad e cria regras para a atuação da entidade encarregada de recolher e pagar os direitos autorais dos músicos do Brasil, transformou o Senado numa arena de fortes discussões nos últimos dias. Na semana passada, artistas capitaneados por Sandra de Sá, Jairzinho e Michael Sullivan - todos eles contrários ao projeto de lei - foram a Brasília e conseguiram retirar o caráter de urgência que pairava sobre o projeto, adiando sua votação para 2013. Ao saber do movimento, um segundo grupo de músicos se reuniu e voou às pressas para a capital federal. Anteontem, Ivan Lins, Frejat e Tim Rescala - que apoiam o projeto de lei - circularam pelos corredores, reuniram-se com líderes e reverteram o processo. O requerimento de urgência para o projeto assinado pelos Senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) voltou, e o texto poderá ser votado até o dia 22, quando começa o recesso da Casa. - Conseguimos voltar ao que era antes! - diz Tim Rescala. - Não fazia sentido o projeto passar de novo pelas comissões ( do Senado ). Elas já estão carecas de conhecer o texto. No Facebook, o cantor Leoni comemorou: "Vitória! Requerimento de Urgência do PLS 129/12 está mantido!" Para a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), presidente da Frente Parlamentar de Cultura, a presença dos artistas foi fundamental. Para ser votado ainda este ano, o texto tem até quarta-feira para entrar na pauta. Em nota ao GLOBO, o Ecad criticou o projeto e disse que ele é "tendencioso, tecnicamente insustentável e apresenta inconstitucionalidades flagrantes" uma vez que submete "a gestão coletiva brasileira, que administra direitos eminentemente privados, à tutela do Estado, ferindo a Constituição Federal". Assinada pela advogada Glória Braga, superintendente do escritório, a nota afirma ainda que o projeto de lei foi "elaborado pelos representantes do Creative Commons no Brasil" e que "desconsiderou todos os depoimentos técnicos apresentados" na CPI.

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