O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), saiu
em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ser indagado nesta
terça-feira (11) sobre a divulgação pela imprensa do depoimento do Marcos
Valério à Procuradoria-Geral da República com supostas denúncias contra Lula. Valério,
apontado como operador do chamado "mensalão" e condenado a mais de 40
anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), disse, segundo reportagem
na edição desta terça-feira (11) do jornal "O Estado de S. Paulo" em
depoimento prestado em setembro, que Lula autorizou empréstimos dos bancos
Rural e BMG para o PT com o objetivo de viabilizar o esquema de compra de apoio
político no Congresso. Conforme a publicação, o dinheiro também foi usado para
pagamento de despesas pessoais de Lula. Segundo Sarney, as acusações de Valério
são "profundas inverdades".
- Primeiro eu não li [a reportagem], e se existiu
[o depoimento] é uma profunda inverdade porque a pessoa que disse não tem
autoridade para falar sobre o presidente Lula, que é um patrimônio do país, da
história do país por sua vida e tudo que ele tem feito – disse Sarney.
PMDB
Indagado se a possibilidade de assumir interinamente a presidência da República nos próximos dias seria um indício do fortalecimento do PMDB com o julgamento da Ação Penal 470, sobre o mensalão, Sarney disse que não vê motivo para essa interpretação. O presidente do Senado também reiterou que se trata de uma determinação constitucional. A hipótese de Sarney ocupar mais uma vez o cargo depois de 22 anos do seu governo (1985-1990) foi levantada pela imprensa em razão da possibilidade de a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente, Michel Temer, e o presidente da Câmara, Marco Maia, se ausentarem do país nos próximos dias. Com a ausência dos três, caberia a Sarney, presidente do Senado, ocupar interinamente o cargo de presidente da República conforme determina o artigo 80 da Constituição.
Agência Senado
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