O senador João Capiberibe (PSB),
pai do candidato à reeleição Camilo Capiberibe, manteve encontro ontem (5) com
ministro da Secretaria da Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, na tentativa de
pressioná-lo a liberar as obras da Rodovia Norte-Sul. Capi tenta uma solução
para o embaraço da obra que foi inaugurada inacabada em abril e liga “nada a
lugar nenhum” segundo os próprios moradores da região Norte de Macapá. A
autorização não pode ser dada neste período por conta da legislação eleitoral
que proíbe permissões para obras em ano eleitoral. Se concordar em fazer a
transferência, Moreira Franco, além de ter que responder por crime eleitoral,
pode ser denunciado por crime de responsabilidade. Camilo Capiberibe resolveu liberar o tráfego
na Rodovia Norte-Sul como forma de mostrar que teria competência na gestão. A
obra que liga a BR-210 até a Ilha Mirim, passando pelos bairros Infraero I e II
foi entregue sem a conclusão. Orçada em mais de R$ 40 milhões, a Norte-Sul
deveria melhorar o tráfego entre as regiões Norte e Sul de Macapá, saindo do
bairro Infraero II e terminando no bairro Alvorada, numa ligação da BR-210 com
a Rodovia Duque de Caxias, na zona Oeste da cidade. A extensão total da rodovia
é de 7 quilômetros. A promessa de campanha do governador era que a rodovia
beneficiaria mais de 120 mil moradores de dez bairros da zona Norte, que têm na
rodovia Tancredo Neves – e na ponte Sérgio Arruda – a única saída para o Centro
e regiões Leste e Sul de Macapá. Passados três anos e quatro meses de governo,
a obra está longe de ser concluída. Mesmo assim, o atual governador deu
previsão de que até o final abril os serviços de asfaltamento para a
interligação da obra com a BR-210 estariam concluídos para o tráfego de
veículos”. A promessa não foi cumprida. A rodovia cruza a área reservada ao
aeroporto de Macapá. Por isso, a estrada só foi construída porque a Infraero
cedeu 80% do terreno. O restante está vinculado à retirada da favela Pacoval,
onde vivem mil famílias, o que o governador Camilo Capiberibe diz que não irá
fazer, porque a responsabilidade seria do governo federal. (...).
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