sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

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Arrocho atinge gastos de custeio, emendas parlamentares e concursos. Em sua primeira medida de impacto, o governo Dilma promete arrocho fiscal: um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento deste ano, anunciado pelos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (planejamento). O ajuste será principalmente em despesas de custeio e emendas parlamentares. "Não vai ser sem dor", avisou Mantega, dizendo que os cortes são necessários para garantir expansão de investimentos e queda de juros. Estão suspensos concursos e nomeações. Investimentos do PAC não serão afetados. Mantega disse que as negociações sobre o mínimo estão encerradas nos R$ 545. Em SP, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou mínimo regional de R$ 600 a R$ 630 - promessa da campanha tucana. Com o consumidor pagando juros mais altos, a inadimplência é a maior desde 2002. (Págs. 1, 3 a 10, 21, Míriam Leitão e editorial "Conter a inflação é prioridade")


Medida atinge 80% das emendas parlamentares e pode dificultar votação do mínimo. Pressionado pela expectativa de alta da inflação, o governo reduziu a previsão de crescimento para este ano de 5,5% para 5% e precipitou o anúncio de um bloqueio recorde de gastos federais de R$ 50 bilhões. O objetivo desse ajuste é esfriar a economia via redução do consumo e do investimento público. Espera-se, com isso, auxiliar o Banco Central a segurar a inflação sem a necessidade de aumentar tanto os juros. A medida, porém, é insuficiente para o país atingir a meta de poupar 3,1% do valor do PIB para pagar juros da dívida pública, o chamado superávit primário. Houve corte de 80% das emendas parlamentares. Para lideres da base governista e da oposição, isso pode atrapalhar o Planalto na votação do salário mínimo no Congresso. Há pressão por valor superior aos R$ 545 defendidos pela equipe de Dilma. (Págs. 1 e Poder A4)


Do total de R$ 50 bilhões bloqueados do Orçamento, R$ 18 bilhões são de propostas feitas por parlamentares. Em meio a crise com sua base no Congresso, o governo anunciou ontem um corte de R$ 50 bilhões em suas despesas que será cumprido, em boa parte, por emendas de parlamentares ao Orçamento de 2011, que cairá de R$ 769,9 bilhões para R$ 719,9 bilhões. Dos R$ 21 bilhões incluídos pelo Legislativo na programação de gastos deste ano, R$ 18 bilhões, cerca de 86%, deverão ser cortados, segundo informou fonte do Planalto. Enquanto deputados e senadores ficarão com seus projetos parados nos ministérios, o Programa de Aceleração do Crescimento sairá ileso do aperto. O PAC não será reduzido nem terá projetos adiados, segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela, porém, não confirmou a magnitude dos cortes nas emendas. Em outro ponto de enfrentamento das pressões no Congresso, o governo previu que o salário mínimo será mesmo de R$ 545 em 2011. Se o valor for maior, será necessário cortar mais despesas. O mesmo terá de ser feito caso seja aprovada uma revisão da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. (Págs. 1 e Nacional A4)


Bares e restaurantes já cobram até 13% de taxa de serviço e, pior, incluem na conta, o que irrita e constrange os clientes. (Págs. 1, 3 e 4)

Os ministros Guido Mantega e Miriam Belchior (foto) anunciaram o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento para este ano. A redução de gastos atingirá todas as áreas do Executivo, além dos Poderes Legislativo e Judiciário. A convocação de aprovados em seleções públicas e o lançamento de novos editais também foram suspensos. (Págs. 1, 2 e 3)

O ajuste fiscal anunciou ontem pelo governo prevê um aumento nominal de 13,8% das receitas e de apenas 2,8% das despesas. O corte dos gastos públicos será de R$ 50 bilhões este ano, em relação ao Orçamento aprovado no congresso. Considerando-se um deflator de 516%, as receitas crescem em termos reais 7,77%, mas as despesas terão uma queda inédita de 2,65%.Como proporção do PIB, a contração do gasto público também será forte: cairá de 19,14% em 2010 para 17,75%. Esses dados indicam que a presidente Dilma Rousseff inicia seu primeiro ano de mandato com uma política fiscal contracionista, compatível com o quadro preocupante de aceleração da inflação. (Págs. 1, A2 e A3)

Na semana que vem, a Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, passará a fabricar, pela primeira vez no Brasil, medicamento genérico para tratamento da Aids e de hepatites. O tenofovir, hoje importado, compõe o coquetel antirretroviral fornecido gratuitamente pelo SUS. Será distribuído a 64 mil portadores do vírus HIV e a 1,5 mil pacientes com hepatites. Haverá economia para os cofres públicos de R$ 110 milhões em quatro anos, já que o remédio responde por quase 10% dos gastos com tratamento de soropositivos. (Págs. 1 e 21)


Manifestação de grevistas do Consórcio Cenest, responsável pela construção do empreendimento em Suape, termina com operário baleado no rosto. Confronto teria envolvido funcionários da obra e representantes do sindicato da categoria, Sintepav. (Pág. 1)

Como medida para atacar a inflação, Planalto faz redução recorde no orçamento, obriga os ministros a economizar e gera mal-estar no Congresso ao bloquear emendas parlamentares. (Págs. 1, 6, 8, 9, 12 e 24) Municípios em emergência: 28 pela enxurrada 19 pela estiagem (Págs. 1, 4, 5 e Página do Tempo, 34)


Veja também

ARTIGOS E EDITORIAIS

China enfrenta inflação e pressão para mudar câmbio (Valor Econômico)

Nem bem o longo feriado do ano novo lunar terminou e o banco central chinês anunciou a elevação dos juros. Foi o terceiro aumento em cinco meses, destinado a esfriar a tendência de alta da inflação. Mas o movimento tem impacto também no câmbio e pode contribuir para apreciar o yuan, como vem pressionando países emergentes e economias avançadas. Não parece acaso o fato de o Pequim elevar o juro exatamente dez dias antes da reunião do G-20, em Paris, onde dois dos principais assunto em discussão certamente serão a política chinesa de câmbio desvalorizado e seu impacto no comércio internacional. Ainda nesta semana, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, não poupou esforços para convencer as autoridades brasileiras que o câmbio rígido chinês é que está pressionando o real. Em visita ao país, oficialmente para preparar a vinda do presidente Barack Obama, em março, Geithner aproveitou para atrair o apoio do Brasil para as posições americanas na reunião do G-20. Outras medidas chinesas de aperto de liquidez também ocorreram em momentos de maior pressão americana. O primeiro aumento do juro desde a crise internacional ocorreu em outubro, na sequência do debate que começou em setembro no Congresso americano em torno da qualificação de Pequim como manipuladora do câmbio. O outro aumento foi em dezembro, um pouco antes da visita do presidente chinês Hu Jintao a Washington, em janeiro. Também um pouco antes da viagem do presidente Hu, o banco central chinês apertou o recolhimento compulsório dos bancos pela sétima vez desde 2010, em meio ponto, para 19%, em uma manobra igualmente destinada a esfriar as pressões inflacionárias.

Dilma não aceita explicações (O Estado de S. Paulo)
O estilo Dilma no caso do mínimo (O Estado de S. Paulo)
O terceiro pacto (O Estado de S. Paulo)

Quase 1,5 milhão de eleitores brasileiros poderão perder seus títulos se não procurarem um cartório da Justiça Eleitoral para regularizá-lo até 14 de abril. O levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois das eleições de 2010 mostra que 1.472.174 cidadãos não votaram nem justificaram ausência nas três últimas eleições. Nos pleitos em que houve segundo turno, cada etapa da votação é considerada como uma falta.
É um número relativamente alto, mas inferior aos 1.640.317 títulos cancelados pelo TSE em 2007. Em 2009, foram retirados do cadastro geral de eleitores 569.899 títulos. A regularização é simples - o site do TSE traz as instruções (veja ao lado).
São Paulo lidera a lista de faltosos com 350.816 eleitores, seguido pelo Rio, com 140.339, e Minas, com 131.816. Entre as cidades, a capital paulista também está no topo, com pouco mais de 110 mil eleitores em situação irregular, segundo o TSE.
Penas. Quem não regularizar o título em tempo poderá ser impedido de tirar passaporte ou carteira de identidade, de receber salários em empregos públicos, de obter certos tipos de empréstimos e de não poder inscrever-se em concursos públicos, além de outras restrições. Não precisam submeter-se às regras do tribunal os analfabetos e quem, na época da votação, tinha menos de 18 anos ou mais de 70 anos.

PT prepara defesa de legado de Lula (O Globo)
Relatório dos EUA relacionou facção ao MST (O Globo)
Rumo à base governista,Kassab atrai o PC do B (O Estado de S. Paulo)
Serra prega unidade do PSDB e empenho na oposição a Dilma (Valor Econômico)
Serra reaparece em defesa do mínimo de R$ 600 (O Estado de S. Paulo)
SUS: falta de médicos é o principal problema (O Globo)
Suspensão de concursos preocupa (O Globo)
TSE cobra regularização de títulos eleitorais (Valor Econômico)
Alimentos e a política econômica (Valor Econômico)
As despesas vão cair em proporção do PIB (Valor Econômico)
Autocrítica (O Globo - Panorama Político)
Brasil-China: o que fazer? (O Estado de S. Paulo - Alberto Tamer)
Com a palavra, a Infraero (O Globo)
Decepção ou correção nos DIs após ajuste fiscal? (Valor Econômico)
Desconfianças (O Globo - Merval Pereira)
Direito de resposta (O Estado de S. Paulo - Direto da Fonte)
Esclarecimento (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Implicância sai caro (O Globo)
Investimento e inflação (O Estado de S. Paulo - Celso Ming)
Lista de intenções (O Globo - Panorama Econômico)
Manter as aparências (Correio Braziliense - Brasília-DF)
Novo diesel deve fazer custo de transporte subir (O Globo)
O bolo de Dilma (O Globo - Ancelmo Gois)
O jogo duro de Dilma (Valor Econômico)
O nó egípcio (Correio Braziliense - Nas Entrelinhas)
O ocaso da cigarra (O Estado de S. Paulo - Dora Kramer)
Pacote fiscal frustra e mercado azeda de vez (Valor Econômico)
País que roda (O Globo - Negócios & CIA)
Salário mínimo (Correio Braziliense - Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido)
Superavit sem batom (Correio Braziliense - Brasil S.A)
Temer garante a Dilma: PMDB apoiará o mínimo (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Voto distrital retorna à pauta (Jornal de Brasília - Do Alto da Torre)

POLÍTICA

O ex-deputado Roberto Brant (DEM), ministro da Previdência no governo FHC, diz ser "quase molecagem" a oposição defender o mínimo de R$ 600.

O que acha da proposta do PSDB de um mínimo de R$ 600?

Aumentar o salário mínimo este ano, para além desse valor (R$ 545), é uma catástrofe para a frente. Já estamos com a inflação escalando, perigosíssima. Diante disso, a presidente tem de ser austera, enfrentar as centrais sindicais. Agora vem a oposição e fala que se pode aumentar. Isso é de uma irresponsabilidade. É quase uma molecagem. E tem um desequilíbrio fiscal que já foi intensificado no ano passado. Se o Lula foi irresponsável para ganhar a eleição, a gente não pode se vingar do Lula se vingando do povo.

A fatura da gastança eleitoral (O Globo)
A volta a Brasília, agora como ex (O Globo)
Alckmin anuncia piso de R$600 em São Paulo (O Globo)
Alckmin contempla centrais com mínimo de R$ 600 (Valor Econômico)
Alencar volta ao hospital depois de 15 dias em casa (Valor Econômico)
Aliados e oposição insatisfeitos (Correio Braziliense)
Aos 31, PT encara distância de Dilma (O Estado de S. Paulo)
Aplausos às medidas, mas descrédito com a gestão (O Globo)
Aprovado no Senado, Fux apoia cotas raciais (O Estado de S. Paulo)
Após sabatina, Senado aprova Fux para o STF (O Globo)
ARROCHO ATINGE ATÉ CONCURSOS (Correio Braziliense)
Bola fora nas obras da Copa (Correio Braziliense)
Centrais farão protesto no Congresso (O Globo)
Com recomendação de peso (Correio Braziliense)
Cortes surpreendem o PT, e Dirceu faz críticas (O Estado de S. Paulo)
Curtas (Valor Econômico)
Dilma mantém emendas para aprovar piso de R$ 545 (Valor Econômico)
Dilma põe Pimentel na negociação sobre caças (O Globo)
Dobra o número de evangélicos (Correio Braziliense)
Em SP, governador anuncia aumento do piso regional (O Estado de S. Paulo)
Entre o Alvorada e a Granja do Torto (O Globo)
Ex-vice-presidente José Alencar volta a ser internado em estado grave (O Globo)
Fux aprovado no Senado (Correio Braziliense)
Fux questiona neutralidade da Justiça e é aprovado para o STF por 70 votos a 2 (Valor Econômico)
GOVERNO CORTA R$ 50 BI E MANTEGA DIZ QUE 'VAI DOER' (O Globo)
Governo promete anunciar até julho novo caça da FAB (O Estado de S. Paulo)
José Alencar volta a ser internado em hospital de São Paulo (O Estado de S. Paulo)
Lula vem para festa em avião de carreira (Correio Braziliense)
Lula volta a Brasília e entra no Alvorada como ''convidado'' (O Estado de S. Paulo)
Mantega: debate sobre valor do mínimo acabou (O Globo)
Mensalão na festa do PT (Correio Braziliense)
Ministros apelam por manutenção do Fundo Partidário (O Estado de S. Paulo)
Mínimo de R$ 600 é ‘factível’, afirma Serra na Câmara (O Estado de S. Paulo)
No Congresso, oposição critica corte; para aliados, foi contingenciamento (O Globo)
Nota (O Globo)
Não atacarás companheiros' (O Globo)
Paulinho da Força tenta pacto com tucanos em votação (O Estado de S. Paulo)

ECONOMIA

2011 será o melhor ano para o frango (Correio Braziliense)

Os bons números nas exportações de carne de frango em janeiro, com avanços nas vendas para países do Oriente Médio, da Ásia e da África, além de uma incipiente recuperação na Europa, reforçam a expectativa de especialistas e produtores de que este pode ser o melhor ano do setor, superando o recorde de 2008. Apesar disso, os avicultores brasileiros preferem a cautela ao fazer projeções, preocupados com a perspectiva de queda nos seus preços e de alta dos custos de produção, sobretudo do milho. “Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”, brinca Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Mesmo assim, o dirigente reconhece que o cenário externo deverá consolidar o posto do Brasil de líder mundial na exportação de carne de frango. “A alta dos insumos assusta e o enfraquecimento do dólar preocupa, mas 2011 começou bem para as vendas externas, com 267 mil toneladas”, diz Turra. Ele ressalta que o produtor brasileiro tem 154 mercados abertos no globo, dos quais 112 são compradores mensais. A maior vantagem do país está na capacidade de atender o gosto do freguês, ajustando produção a cortes, temperos, rações e remédios usados e até a preceitos religiosos (judaico e islâmico).

Alta das commodities turbina inflação (O Estado de S. Paulo)
Arrocho contra a inflação (Jornal de Brasília)
Arrocho para ajudar o BC (Correio Braziliense)
Balanços da nova era dão mais lucro (Valor Econômico)
Bancos já reduzem suas apostas na valorização do real (O Estado de S. Paulo)
BC impõe barreira à compra de instituições financeiras por fundos (Valor Econômico)
Brasil terá de conviver mais tempo fora da meta (O Estado de S. Paulo)
China invade a praia brasileira (O Estado de S. Paulo)
China é oportunidade, não ameaça para o Brasil, diz especialista (O Estado de S. Paulo)
Consórcio de Belo Monte assina contrato de R$ 3,6 bi (Valor Econômico)
Copel autorizada a retomar negociação com Neoenergia sobre Baixo Iguaçu (Valor Econômico)
Dilma exige fiscalização para evitar apagões (O Estado de S. Paulo)
Eike cria companhia de carvão (Valor Econômico)
Elevação de capital encarece prestação de veículo em 20% (Valor Econômico)
Em SP, Alckmin diz que regulação cabe à Aneel (O Globo)
Empresas começam a gerar caixa este ano, diz Eike (O Estado de S. Paulo)
Empresas vão ter que se explicar muito mais, diz auditor (Valor Econômico)
Endividamento avança no país, aponta Serasa (O Globo)
Enxurrada de US$ 15 bi (Correio Braziliense)
Fed nega culpa pela inflação em emergentes (O Estado de S. Paulo)
FGV lança índice de imóveis (O Globo)
Fipe amplia previsão de inflação para fevereiro (O Estado de S. Paulo)
FMI admite que ignorou sinais da crise global (O Estado de S. Paulo)
FMI mostrou cenário otimista antes da crise (Valor Econômico)
Governo só vai desonerar folha se houver contrapartida (O Globo)
Hypermarcas golpeia concorrentes e avança (Valor Econômico)
IBGE aponta leve recuo na safra deste ano (O Estado de S. Paulo)
Importado só será vendido com selo do Inmetro (O Estado de S. Paulo)
Licenças de TV paga estão congeladas (O Estado de S. Paulo)
Linhas de transmissão terão fiscalização extra (O Globo)
Medidas cambiais importaram inflação (O Estado de S. Paulo)

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