Após a Câmara dos Deputados ter aprovado a proposta de reajuste do salário mínimo de R$ 545, enviada pelo Poder Executivo, na noite desta quarta-feira, 16, o dia seguinte foi marcado pelas repercussões para os que não seguiram a orientação governista. O Deputado Federal Bala Rocha (PDT/AP) manteve a palavra que averbara com as centrais sindicais e classe trabalhadora, e votou por um aumento real do piso salarial nacional, independente de possíveis retaliações. “Se tiver que ser expulso da base do Governo, porque defendo o legado de Getúlio Vargas, João Goulart, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, repito, confesso que saio feliz”, asseverou o deputado, na Tribuna do Plenário da Câmara, nesta quinta-feira, 17. “Tenho uma história de lealdade ao Governo no mandato anterior. Votei conscientemente e fui voto divergente, e vou continuar sendo, sempre que achar conveniente”, finalizou.Orçamento
Na ocasião, Bala Rocha também discorreu sobre a execução do Orçamento Geral da União. Ele convidou os parlamentares a participarem da Frente Parlamentar em Defesa de um Orçamento Transparente, Democrático e Impositivo. “Não defendo que a obrigatoriedade da execução orçamentária se dê no modelo atual. O Congresso Nacional, muitas vezes, para agradar os Parlamentares, outras vezes por motivações políticas, por questões partidárias, por embate entre a Oposição e o Governo, eleva os valores do orçamento acima da realidade. E, depois, nós não podemos exigir que o Governo cumpra aquele orçamento que aprovamos aqui”, explicou. Ele questionou o veto das emendas parlamentares pela Presidente da República, fato inédito de acordo com o congressista. “Fui Senador pelo Amapá durante 8 anos, Deputado Federal por 4 anos no mandato passado e nunca tinha visto vetar emendas individuais. Não queremos impor nada ao Governo. Queremos debater, discutir, conversar, dialogar para que cheguemos a um entendimento”.
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