Dia Internacional da Mulher, um século de luta
Hoje é um dia "historicamente especial", hoje celebramos o Dia Internacional da Mulher. O dia que marca uma luta que se iniciou há mais de um século e nós não devemos nunca nos esquecer do real sentido desta data. O 8 de Março é a data que marca um dia cruel, o dia em que operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, durante um grande manifesto de reivindicação trabalhista, foram reprimidas com grande violência e um incêndio matou mais de 100 mulheres, num ato totalmente desumano. E foi em homenagem, e para manter viva a lembrança de tudo que muitas mulheres já sofreram, que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou oficial a data em 1911. É isso mesmo, este ano, oficialmente, retrata um século de luta. Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. No mundo inteiro realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Como sociólogo, tenho uma bandeira onde busco fazer o que eu posso para modificar todo tipo de violência e discriminação. Todos devemos lembrar a necessidade de criar meios de promover a igualdade. A igualdade de raças, sociais e culturais. Mesmo com todos os avanços, as mulheres ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, como a Lei Maria da Penha, o Estatuto da Igualdade Racial, que representam bem estas lutas, mas ainda há muito para ser modificado e conquistado. No Brasil por exemplo, as mulheres brasileiras também tem uma data histórica que reflete esta luta. No dia 24 de fevereiro de 1932 foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistaram, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. E no último ano elegemos a primeira mulher para ser presidente do Brasil, além de termos um número expressivo de mulheres no parlamento brasileiro que atuam fortemente. Sinto que evoluímos por termos a capacidade de reconhecer e acreditar na força de uma mulher para governar um país. Acredito que ainda podemos fazer muito mais coisas que deêm a dignidade e reconhecimento que todas têm direito. Rosas e jóias são importantes porque demonstram nossa admiração e respeito por todas as mulheres que estão em nossas vidas, em nossas famílias, mas devemos sempre lembrar as circunstâncias trágicas que marcam o 8 de março. Foi um dia de luta, de mudança e determinação! Essas mulheres não foram vitimas, mas sim heróis!!! Finalizo esta relexão sobre este dia, lembrando que são nossos atos que nos tornam responsáveis pelas conquistas que atingem diretamente a nossa história, o nosso dia-a-dia, o nosso caráter e nossas almas. Dedico este texto à todas as mulheres que um dia sofreram por discriminação e que tiveram e têm a coragem de erguer os braços para lutar por seu espaço.
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