O senador Geovani Borges (PMDB-AP) fez nesta segunda-feira (30) em Plenário um "alerta indignado" mostrando a "atuação nefasta" do clã Capiberibe no estado do Amapá. Afirmando estar cumprindo seu dever de cidadão e "não se sentir constrangido por defender o irmão", o senador licenciado Gilvan Borges (PMDB-AP), a quem substitui como suplente, Geovani Borges disse que, no último sábado (28), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva em endereços de conselheiros, servidores e ex-conselheiros do Tribunal de Contas do Amapá (TCE-AP).
- A investigação do PF e da Controladoria Geral da União (CGU) constatou desvio de parte do orçamento do Tribunal de Contas. E mais uma vez quem está no foco é a badalada família. Desta vez, Raquel Capiberibe, tia do governador do Amapá, Camilo Capiberibe, e irmã do senador cassado, João Capiberibe, e seu compadre Manoel Antonio Dias, nomeado conselheiro na época em que era o governador. Sempre eles. É impressionante - declarou.
Geovani Borges afirmou que, segundo a imprensa, o material apreendido na casa da ex-conselheira pode ligar o esquema de fraudes ao grupo político de Capiberibe. Segundo o senador, essa investigação é um desdobramento da Operação Mãos Limpas de 2010. De acordo com o senador, a PF revelou a apreensão de duas pastas com documentos, dentre eles uma relação de nomes de funcionários que não estariam apoiando o atual governador Camilo Capiberibe, além de sugestões de cargos a serem ocupados pela família Capiberibe.
Geovani Borges disse também que os agentes federais estiveram na casa do conselheiro Manoel Dias, indicado por João Capiberibe para o TCE-AP e responsável pela aprovação das contas do ex-governador há poucas semanas. Os policiais apreenderam R$ 31 mil na residência. No TCE-AP, além de documentos, foram apreendidos computadores que serão periciados pela PF.
- Em toda investigação tem coisas que não se sustentam e coisas que ficam como evidência de culpa. O que se clama aqui é pela justiça, é pela determinação de desbaratar quadrilhas. É de ir fundo nas buscas. Quem não deve, não tem o que temer. Se tudo for realmente verdade, está aí um prato cheio para o Ministério Público Federal, para a Polícia Federal e também para a Justiça Federal investigarem o que pode estar por trás das eleições 2010 - assinalou.
Da Redação / Agência Senado
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