Liminar foi concedida à Federação das Entidades Folclóricas do Amapá, que não está na lista dos beneficiados com o convênio do Estado com agremiações e que não pode receber recursos públicos por estar inadimplente.
O governo do Amapá foi proibido, na quinta-feira, 19, pela Justiça do Estado, de repassar, por meio de convênio, o valor de R$ 750 mil, para a realização da Quadra Junina 2011, às agremiações que promovem a festividade no Amapá. O impedimento se deu por uma liminar, que o judiciário concedeu à Federação das Entidades Folclóricas do Amapá (Fefap), com a alegação de que a entidade não seria favorecida pelo recurso. De acordo com o titular da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), órgão que iria repassar o montante para a Liga Independente dos Grupos e Associações Juninas do Amapá (Ligajap) e a Liga das Associações Juninas de Santana (Lajs), em parceria com os Grupos de Aproveitamento Folclórico de Santana (Agafs), a Fefap não tem direito a verba, por estar inadimplente e isso a impede de receber recursos públicos. A Fefap alega que foi cadastrada na Secult, como todas as outras entidades que realizam a Quadra Junina no Estado. Mas, o secretário de Estado da Cultura, Zé Miguel, explicou que qualquer agremiação poderia se cadastrar, porém, somente as que estão com suas contas em dia receberão o recurso, que visa apoiar a festividade no Amapá. “Permitimos o cadastramento, realizado em março de 2011, com tempo para que todas as entidades se regularizarem. A Federação não cumpriu os requisitos. Temos documentos que constatam a inadimplência da Fefap, que inclusive não prestou contas do dinheiro que recebeu em 2010, para a realização da Quadra Junina passada e que a impede de receber o recurso público”, afirmou o secretário de Estado da Cultura. Outro argumento da Fefap é que o governo não realizou processo licitatório para o repasse. Mas, o secretário Zé Miguel também esclareceu que o convênio é legal e não precisa de licitação. A Federação teria cogitado que a Secult repassaria o montante para somente uma entidade. “O governo não realiza a Quadra Junina, apenas fomenta. Em momento algum pensamos em repassar todo o valor do convênio, que não necessita de licitação ou concurso, para uma só agremiação. Infelizmente, não sei quanto tempo levará para a resolução jurídica deste caso, mas isso prejudica o planejamento das entidades que realizam as festas juninas no Amapá”, pontuou Zé Miguel.
Governo toma as providências legais
A Procuradoria Geral do Estado (Prog) já está tomando as medidas legais para a assinatura do convênio. “Tomaremos todas as medidas legais para caçar a liminar, que foi concedida indevidamente pelo judiciário. Estamos ingressando com uma contestação dos fatos imputados na decisão judicial, agravando junto ao Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) e pedindo a suspensão da liminar”, elucidou o procurador geral do Estado, Márcio Figueira. Ele disse ainda que o convênio não necessita de processo licitatório ou concurso para repasse à cultura. “A legislação é bem clara, o Estado não precisa realizar licitação ou concurso para repassar o recurso. Não existe essa obrigatoriedade, o governo tem autonomia para promover cultura”, explicou o procurador geral do Estado. Algumas entidades tradicionais da quadra junina também foram alijadas a exemplo da União Folclórica do Amapá (UFAP) que desenvolve a 25 anos o projeto “São João Itinerante” levando eventos a vários distritos,municípios e comunidades ribeirinhas. A entidade mesmo estando adimplente foi alijada de qualquer ajuda do Governo do Estado e Prefeitura. O projeto “São João Itinerante” chegou inclusive a ser reportagem da revista TAM
FONTE I: União Folclórica do Amapá
FONTE II: Elton Tavares
Assessor de Comunicação Social
Secretaria de Estado da Comunicação Social
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