O senador Geovani Borges (PMDB-AP) se solidarizou, nesta sexta-feira (27), com a família do jovem Rafael Santana, de 19 anos, de Santa Catarina, espancado e esfaqueado até a morte por outros quatro rapazes na semana retrasada. O fato se deu após desentendimento em boate, supostamente porque o jovem teria "paquerado" a namorada de um dos integrantes do grupo. O senador analisou ainda o quadro geral de violência no país e a ineficiência do aparelho policial na solução de crimes.
- A Organização Mundial de Saúde classifica a situação do Brasil como uma epidemia de violência - afirmou o senador, ao reclamar ação do poder público.
Ao tratar do caso do jovem assassinado, ele criticou ainda a soltura de um dos acusados. Conforme observou, o delegado entendeu que o rapaz teria "participado da briga pelo simples prazer de brigar, sem a intenção de matar".
- É isso que ajuda a consagrar o sentimento de impunidade e de banalização da vida - avaliou.
Geovani Borges buscou retratar o desencanto da mãe do jovem assassinado, Cenilda Santana, que sepultou o filho no Dia das Mães.
"Os sonhos que tivemos, tiraram todos. De mim, de meu esposo e da nossa família", são palavras dela, lembrou o senador.
Ele observou também que, dos quatro agressores, três são menores e que o autor das facadas não demonstrou nenhum arrependimento e "sequer chorou" na delegacia, conforme palavras de outro delegado.
Mapa da Violência
O parlamentar citou dados do Mapa da Violência 2011, divulgado pelo Ministério da Justiça, para destacar a ineficiência do aparelho policial na resolução de crimes. Ele observou que, dos 50 mil homicídios ocorridos no país, por ano, apenas quatro mil são solucionados. Em termos percentuais, a taxa de resolução é de apenas 8%.
- Especialistas explicam que parece existir uma resistência grande em abrir a caixa preta da criminalidade no país - afirmou.
Programa Inclusão
Geovani Borges chamou ainda a atenção para reportagem que será veiculada a partir desse sábado (28), pela TV Senado, abordando a questão da violência nas escolas. A matéria do programa Inclusão mostra o sofrimento de crianças e jovens vítimas de violência e também questiona o papel da família, da própria escola e do Estado diante desse fenômeno.
Da Redação / Agência Senado
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