sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sarney critica livro didático que admite erros de português

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), criticou, nesta sexta-feira (20) o Ministério da Educação (MEC) por autorizar a publicação e a distribuição às escolas públicas de livro didático que admite erros de português. Para Sarney, a língua é instrumento fundamental para a identidade nacional e a formação do estado brasileiro.
- Uma das coisas que nós temos que defender como identidade nacional é justamente a língua. Não é por outro motivo que Fernando Pessoa dizia que "a minha pátria é a língua portuguesa". Hoje, a língua é um instrumento político e um instrumento de unidade. Se não fosse a língua portuguesa hoje nós não teríamos esse território imenso que nós temos - argumentou.
A questão também é tema de artigo do senador publicado nesta sexta-feira no jornal Folha de S. Paulo. No texto, Sarney diz que o dever do Ministério da Educação é defender a língua portuguesa. "A aceitarmos a licenciosidade linguística, o próprio Ministério da Educação perde a razão de ser" - diz o presidente do Senado.
Palocci
Ao ser indagado pela imprensa sobre a intenção da oposição de criar uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) a fim de investigar as denúncias sobre a evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, Sarney assinalou que até agora nada justifica a instalação de uma CPI.
- Acho que não há motivo nenhum para nenhuma CPI, uma vez que até agora não vi, no debate, nenhum crime a ser levantado e nenhuma outra contravenção que se pudesse investigar - disse Sarney
Para a instalação de uma CPI, são necessárias pelo menos 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.
Rodrigo Baptista / Agência Senado

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