Em entrevista nesta quarta-feira (18), o presidente do Senado, José Sarney, defendeu o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmando que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República já analisou o caso e não encontrou elementos para abrir uma investigação contra o titular da pasta.
- Ele está sujeito à Comissão de Ética Pública, que já resolveu o assunto - assinalou Sarney.
A imprensa publicou recentemente matérias sobre o rápido crescimento do patrimônio de Palocci nos últimos quatro anos. O fato levou à oposição a apresentar representação à Procuradoria-Geral da República pedindo a apuração de possíveis atos de improbidade administrativa e de tráfico de influência.
Na avaliação de Sarney, a decisão do ministro da Casa Civil de não atender a pedidos da oposição para prestar esclarecimentos sobre as atividades de consultoria que exerceu é uma questão particular de Palocci.
Sarney afirmou ainda que a passagem do ministro pelo Ministério da Fazenda, entre janeiro de 2003 e março de 2006, foi o que garantiu a ele uma "soma de experiências" utilizada depois na iniciativa privada.
- Acho que o ministro Palocci, como tem sido corrente no Brasil com todos aqueles que têm exercido cargos públicos na área econômica, adquiriu uma soma de experiências e depois dessa soma de experiência teve uma atividade na iniciativa privada - observou.
Sarney disse também que a oposição está cumprindo o seu papel de fiscalizar o governo.
Rodrigo Baptista / Agência Senado
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