O presidente da Câmara, Marco Maia, acredita que a decisão de concentrar as negociações políticas do governo na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República vai fortalecer o órgão e a capacidade de diálogo com o Congresso e a sociedade. De acordo com a presidente Dilma Rousseff, a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ficará responsável pelo desenvolvimento dos projetos do governo, e o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, tratará das relações do governo com o Congresso. Marco Maia acredita que a nova configuração cria condições melhores para o trabalho de Luiz Sérgio. "Nessa divisão, aumenta o poder, aumentam as condições para que o ministro Luiz Sérgio possa desenvolver o seu trabalho. Nós estamos também em um momento agora de redefinição, de readequação do relacionamento do Executivo com o Legislativo, de tratar um pouco mais sobre esses temas. De produzir ações que venham a avançar a pauta do Executivo aqui na Casa." Sobre as especulações de uma eventual substituição na Secretaria de Relações Institucionais, com a saída do ministro Luiz Sérgio, Marco Maia disse que a decisão sobre troca de ministros é uma prerrogativa exclusiva da presidente Dilma Rousseff. Ele ressaltou, no entanto, que a experiência e a capacidade de Luiz Sérgio para o cargo é inquestionável. Vice-líder do bloco PMDB-PTC, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que só quando ficar clara a atuação de cada um será possível avaliar se haverá melhora na articulação do governo. Mas, para ele, o comando tem de ser um só, da presidente da República. "Precisa haver definição de poder. Cabe à presidente da República definir o papel de cada um de seus auxiliares. Aí se pode efetivamente cobrar do ocupante de cada papel o relacionamento. Aí nós vamos saber se vai ficar melhor, se vai ficar pior. Não temos condições de avaliar ainda." Na opinião do vice-líder do PMDB Mendes Ribeiro Filho (RS), a nova ministra da Casa Civil é competente, mas só o tempo pode aperfeiçoar as relações com o Congresso. "A ministra é uma excelente administradora. Vem dar uma contribuição extraordinária ao governo. E a relação política, a relação é uma coisa demorada, complicada. Ela, gradativamente, vai se ajustar", disse. O líder do PT, Paulo Teixeira (SP), acredita que a divisão de tarefas concentra poder de negociação na Secretaria de Relações Institucionais, o que será bom para a articulação política. Ele acredita que isso facilita as relações com o Congresso Nacional.
Reportagem - Vania Alves e Luiz Cláudio Canuto/Rádio Câmara
Edição - Wilson Silveira
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