Se chover, prepare-se para o apagão
Obsoleta e sem manutenção, a rede de distribuição da CEA não resiste a um temporal, afirma Audrey Cardoso, do Sindicato dos Urbanitários; José Ramalho, da CEA, garante que não haverá racionamento de energia. “Se chover, prepare-se para o apagão elétrico”. O alerta deveria ser afixado na porta da geladeira pelos moradores de Macapá e Santana, que desde o dia 17 estão convivendo com as frequentes quedas de energia, com o efeito colateral da falta de água. Embora o presidente da CEA, José Ramalho, tenha descartado ontem (25) a possibilidade de racionamento, acenando com investimentos de R$ 18 milhões, o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Audrey Cardoso, afirmou que a rede de distribuição da empresa, totalmente obsoleta e sem manutenção adequada, não resiste a um temporal. Audrey Cardoso, que é engenheiro elétrico lotado nos quadros da empresa, afirma que o atendimento precário ao consumidor é resultado da falta de investimento na manutenção da rede de energia da companhia. Para evitar os frequentes apagões, segundo ele, seriam necessários R$ 200 milhões em investimentos e não apenas os R$ 18 milhões previstos pela CEA. “Nesses dez meses, o presidente da CEA sabia do estado de calamidade dos alimentadores de energia, da precariedade da rede de distribuição e da falta de material para manutenção e não tomou as medidas preventivas necessárias para evitar os apagões”, afirmou Audrey. O sindicalista chegou a afirmar que “é uma mentira anunciarem que possuem R$ 18 milhões do BNDES para ampliar a rede de distribuição”. Tecnicamente, segundo Audrey, “não adianta ampliar uma rede que já está obsoleta, comprometida, vão apenas ampliar o problema”.
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