segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Gilvam Borges

Senhor da razão

Tudo ao seu tempo. Viver e morrer. Plantar e colher. Rir e chorar. Tristeza e alegria. Sabemos que na chegada temos que nos preparar para a partida. O que nos parece uma perda no presente, pode tornar-se um ganho para o futuro. Sou um homem que acredita no visível e no invisível. Sempre estou propenso à grandes missões. Recebo com entusiasmo essa nova tarefa que irei desempenhar no Estado. Confrontar com os que se encontram no poder, através de idéias e exemplos. Mostrando ser possível fazer melhor. A crítica construtiva, sempre pontuando o que se pode fazer e como fazer. As eleições passadas no Amapá, além de confusas, nos trouxeram o novo como norteamento das posturas dos candidatos. Refiro-me ao voto jovem que abrange hoje expressiva fatia do eleitorado. O velho, querendo ser o novo. Na verdade, ele representava apenas o continuador da herança da oligarquia atual. Outros, negavam os velhos, e tentavam misturar-se aos novos, sem que suas mensagens tivessem maiores atrativos. Parecia que alguns nunca tinham sido parlamentares, nem trabalhado pelo povo. Estavam zerados. Iguais aos computadores dos quais se retira o conteúdo da memória. Por outro lado, havia quem voasse acima das camadas de turbulência, naquele conhecido céu de brigadeiro. Quando menos se esperava, o desastre aconteceu. Não veio dos mares, como tsunami, veio dos céus. Transportado pela esquadrilha da Força Aérea. Cerca de 600 agentes federais, naquela notória Operação Mãos Limpas. Quem ia ser, findou não sendo. Alterou geral o quadro político. Ninguém sabia mais quem era, de fato, ficha limpa ou ficha suja. Pelas regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fui eleito com 121.015 votos e diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. Aí começou uma grande batalha jurídica, para decidir sobre a aplicabilidade ou não dos dispositivos da LC 135/2010, a famosa Lei da Ficha Limpa. A nomeação do 13º ministro do STF, LuizFux, trouxe o voto de desempate. Questão superada, deixo Brasília, com uma bagagem mais rica em milhares de pronunciamentos nas tribunas da Câmara e do Senado. Grande número de projetos de evidente interesse social, apresentados e defendidos. Entre as inúmeras atribuições de um parlamentar, existe uma que considero-me especialista e com a qual muito me identifico: resolver problemas, conforme fiz em centenas de audiências ministeriais e corpo técnico federal de alto escalão. Para nós, nunca houve gabinete fechado. Se o tempo é o senhor da razão e as pessoas são reconhecidas pelo seu trabalho e comprometimento com as grandes causas, eu digo: cumpri o meu dever e estou preparadíssimo para governar o Estado do Amapá, a partir de 2014.

Gilvam Borges é senador da República e líder da oposição no Amapá


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