sexta-feira, 4 de novembro de 2011

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Após sacudir mercados e a UE, premier grego desiste de referendo sobre socorro ao país e pode renunciar. O premier grego, George Papandreou, acabou cedendo às pressões e desistiu ontem de convocar um referendo popular sobre o pacote de resgate, que despertou a ira dos líderes europeus, enquanto tenta garantir que seu governo sobreviva a um voto de confiança hoje no Parlamento. Mas isso pode custar a carreira política de Papandreou: fontes disseram à agência de notícias Reuters que ele teria feito um acordo com seus ministros para renunciar e entregar o poder a um governo de coalizão se estes o ajudarem a obter o voto de confiança. Segundo as fontes, os ministros eram liderados pelo titular da pasta de Finanças, Evangelos Venizelos.

Desmoralizado por líderes europeus e abandonado por ministros, o premiê George Papandreou desistiu do referendo sobre o pacote de ajustes que havia anunciado e pode perder o cargo hoje, informa Clóvis Rossi. O recuo veio após a União Europeia afirmar que, até saber o resultado da consulta, não seria liberada a parcela de 8 bilhões de euros, vital para a Grécia pagar suas contas e dívidas em dezembro.


Surtiu efeito a pressão pública do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, às margens da cúpula do G-20. Em pronunciamento feito ao Parlamento ontem, em Atenas, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou um acordo de princípio para abandonar o referendo sobre o pacote de socorro de € 130 bilhões, aprovado em Bruxelas em 27 de outubro. Em lugar da consulta popular, uma votação no Legislativo vai confirmar o auxílio. A decisão foi o apogeu de um novo dia de tensão entre líderes da União Europeia, reunidos em Cannes, e a administração grega. A insatisfação havia aumentado ao longo da madrugada, após o pronunciamento feito em Cannes por Sarkozy e Merkel, no qual deram um ultimato à Grécia: aceitar o pacote e ficar, ou abandonar a zona do euro.


Supremo decide que condutor flagrado embriagado ao volante deve responder a ação penal mesmo sem causar acidente. Após uma série de decisões judiciais beneficiarem motoristas alcoolizados, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que dirigir sob o efeito de álcool é crime, mesmo quando o envolvido não causa acidentes ou danos ao patrimônio. A sentença, de 27 de setembro, reafirmou os dispositivos do artigo 306 da Lei Federal nº 11.705/08, a lei seca, e garantiu o andamento da ação penal contra um condutor de Araxá (MG) flagrado embriagado ao volante. O homem havia sido absolvido por uma vara criminal local, mas o Ministério Público do estado recorreu e ganhou. O réu procurou respaldo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no STF. Os dois tribunais mantiveram a condenação. O teste do bafômetro acusou que o motorista mineiro estava com 0,90 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões.


Os países do G-20 poderão anunciar hoje um acordo para aumentar os recursos disponíveis do Fundo Monetário Internacional (FMI) em US$ 300 bilhões, através de contribuições bilaterais, elevando a US$ 700 bilhões a capacidade de empréstimo do fundo para servir de barreira de proteção contra contágio da crise da zona do euro. O Valor apurou que a capacidade de resposta total à crise pode chegar a US$ 1 trilhão, se houver acordo também para o FMI fazer nova alocação de Direitos Especiais de Saque (DES), sua moeda virtual, de US$ 250 bilhões, para reforçar a liquidez global. Essas cifras estavam colocadas entre colchetes em documento ao qual a reportagem teve acesso ontem à noite, em Cannes, significando que permaneciam em negociação e que certos negociadores eram cautelosos. Mas as pressões eram fortes por um pacote que envolva centenas de bilhões de dólares. "A bagunça da Grécia fez a necessidade de blindagem contra contágio aumentar", disse um negociador. "Os franceses querem divulgar uma cifra realmente importante, de pelo menos o dobro do que o FMI dispõe", afirmou outro.

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