terça-feira, 8 de novembro de 2011

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Apermanência do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, à frente da pasta que comanda desde 2007 perde força não apenas pela gravidade das denúncias de irregularidades, já apontadas por órgãos do governo e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas também pela falta de apoio irrestrito do seu partido, o PDT. Para acentuar ainda mais sua delicada situação, a Comissão de Ética da Presidência, reunida ontem, anunciou que vai pedir explicações ao ministro sobre o descontrole e a falta de fiscalização nos convênios realizados pelo ministério, cobrados pelo TCU e mostrados ontem na edição do GLOBO, e também sobre as denúncias de cobranças de propina na pasta, reveladas pela revista "Veja".


O ano era 1992. Chitãozinho & Xororó cantavam em propaganda do governo de SP que a população poderia, enfim, voltar a nadar no Tietê. Mais otimista, o governador Luiz Antônio Fleury Filho disse que um dia beberia do rio e que, na sua gestão, reduziria em 50% a sua poluição por conta do Projeto Tietê, o mais ambicioso plano ambiental da história de SP. O ano é 2010. Quase duas décadas e US$ 1,6 bilhão depois, a água do Tietê no trecho que atravessa a Grande São Paulo está ainda pior. O quadro, detectado em avaliação anual da Cetesb, mostra que ele segue feio (turvo), sujo (lixo e esgoto) e malvado (transmite doenças). Dos seis pontos monitorados desde 1992, cinco estavam piores em 2010. Dos nove avaliados hoje, quatro são péssimos, e três, ruins. Os dois bons ficam perto da nascente, em Salesópolis (101 km de SP).
A Folha usou o IQA (Índice de Qualidade das Águas), o mais amplo dos indicadores apurados pela Cetesb, que leva em conta nove parâmetros, entre eles quantidade de oxigênio e coliformes fecais.


Desafiado por expoentes do próprio partido, o PDT, e na mira da Comissão de Ética Pública da Presidência, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é o sexto colaborador da presidente Dilma Rousseff que pode perder o cargo por denúncias de corrupção. Dilma conversou ontem com Lupi por 20 minutos, no Palácio do Planalto. Ela tentará segurar o ministro até a reforma da equipe, prevista para janeiro de 2012, mas manifestou preocupação com a "fritura" do auxiliar no próprio PDT após a publicação de reportagem na revista Veja que envolve assessores de Lupi na cobrança de propina de ONGs. Auxiliares da presidente lembraram que o Planalto considera fundamental o apoio dos partidos aos ministros, como ocorreu com Orlando Silva (ex-titular do Esporte), que ganhou sobrevida de alguns dias por causa da resistência do PC do B.


A situação do ministro Carlos Lupi, do Trabalho, é delicada. Ontem, ele teve uma conversa reservada de 20 minutos com a presidente Dilma. Na saída, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, evitou defender o colega, que pode se tornar o sétimo a perder o cargo no atual governo. Alvo de diversas denúncias de fraude em convênios para capacitação profissional. Lupi sofreu outros dois reveses no dia. O primeiro foi a decisão da Comissão de Ética da Presidência da República de apurar o caso. O outro, ainda mais contundente, veio de seu próprio partido: o PDT anunciou que pedirá à Procuradoria-Geral da República que investigue o pedetista.


A presidente Dilma Rousseff decidiu que a África terá uma estratégia especial do governo para exportação de mercadorias e serviços. Técnicos já estudam a criação de novos mecanismos de garantia de financiamentos, um dos maiores obstáculos ao aumento dos negócios com o continente. A pedido de Dilma, será criado um "grupo África", para associar vendas e investimentos a programas de desenvolvimento local

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