Juiz Saloé Ferreira da Silva é acusado de
participar de esquema de tráfico de pessoas no Amapá
Em representação ao Tribunal de Justiça do Amapá
(TJAP), o desembargador Constantino Brahuna falou pela primeira vez sobre
reportagem exibida no Jornal da Record na edição da última segunda-feira, 18,
que denunciou suposto esquema de tráfico de pessoas no Amapá, envolvendo o juiz
da Comarca do município de Mazagão Saloé Ferreira da Silva, a esposa e outros
servidores do judiciário. A matéria com duração de 14 minutos mostrou dois casos de retirada de crianças
do poder dos pais biológico, visando beneficiar uma família em Jundiaí (SP),
local para onde teria sido encaminhada uma das crianças. Após a repercussão da
reportagem, o Tjap se manifestou sobre o caso. De acordo com o corregedor
Constantino Brahuna, o Tribunal de Justiça reconheceu a incompetência do juiz
Saloé Ferreira da Silva, o que tornou ineficaz o processo de adoção. O envio da
remessa dos autos dos processos para Macapá também foi determinado, decisão que
já foi cumprida. “Somente não determinei o recambiamento da criança para Macapá, porque esta
decisão cabe ao juiz da Vara da Infância e da Juventude e este seguramente o
fará” completou Brahuna. O desembargador também propôs ao pleno do
Tribunal de Justiça, a instauração de um procedimento administrativo
disciplinar, uma vez que a criança possui dois registros, o que não é possível
perante a lei. A discussão deve ir ao plenário na próxima quarta-feira, 27.
Sobre os autos do processo, juiz Brahuna declarou que com reinicio do processo
de adoção, a veracidade das informações será novamente verificada. Tais como, o
envolvimento da esposa do juiz Saloé Ferreira da Silva, que diz ter recolhido
uma das crianças após ter recebido uma ligação do tio, dando conta do abandono
da mesma em uma “boca de fumo”, com traumatismo craniano e com o corpo coberto
por escabiose. “Como processo de adoção está começando do zero, serão
necessário verificar a veracidade das versões que constam nos autos” ressaltou
desembargador Brahuna Constantino Brahuna ressalta não ter conhecimento
de outras denúncias envolvendo o juiz Saloé Ferreira da Silva, mas teve
informações da participação em outro processo de adoção, que esta se completou.
“Em princípio, se não houve reação de terceiros, é porque o processo ocorreu de
maneira correta” disse o desembargador. O fato surpreendeu o pleno do
Tribunal de Justiça do Amapá, que já encaminhou cópia da decisão sobre
incompetência do juiz Saloé Ferreira sobre o processo de adoção, ao Conselho
Nacional de Justiça. O novo processo de adoção da criança envolvida no
caso, deve ser conduzido pelo juiz competente da Vara da Infância e da Juventude
de Macapá.
Leia a matéria completa no “Jornal do Dia”,
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