Foto: Jorge Júnior/Agência Amapá
Camilo
Capiberibe e Clécio Luis resolveram "dar as mãos", depois de muito
"chove-não-molha", para atuar juntos em favor de Macapá
As recentes denúncias de pagamento de propina em
troca de apoio político, que colocaram os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL) e
João Capiberibe (PSB) no olho do furacão, obrigaram as duas legendas a se
reaproximarem e colocar o bloco na rua, rumo às eleições de 2014 no Amapá. Após
três meses de muito ‘chove-não-molha’ entre o prefeito de Macapá, Clécio Luis
(PSOL) e o governador Camilo Capiberibe (PSB), a propalada parceria parece ter
saído do discurso. Ontem (25), os chefes do Executivo municipal e estadual
anunciaram, oficialmente, em coletiva no Palácio do Setentrião que vão atuar
juntos para resolver as dificuldades enfrentadas na capital em diversas áreas. Cansado
de jogar pedra no município, dizendo ser o culpado pela demanda crescente por
atendimento na rede pública estadual sem mostrar qualquer interesse em ajudar a
Prefeitura, Camilo Capiberibe resolveu "arregaçar as mangas" e
colocar profissionais à disposição da Secretaria Municipal de Saúde para
estruturar as Unidades Básicas. O anúncio foi feito durante visita à Unidade
Básica de Saúde Lélio Silva, no bairro Buritizal, onde ouviu atentamente os
gestores da instituição acerca das necessidades para garantir atendimento à
população. "Os corpos técnicos do governo e da prefeitura irão sentar
juntos para verificar qual a saída mais rápida para estes problemas
estruturais", garantiu o governador prometendo ainda cooperar em outras áreas
da saúde como salários atrasados de servidores, manter ativos programas
federais e carência de médicos e equipamentos. Na educação, o prefeito Clécio
Luis está esperançoso com a prometida cessão de espaços ociosos do Governo do
Estado e profissionais, principalmente professores, para atender à educação
básica. Já na operação tapa-buraco, que tem sido alvo de reclamação dos
macapaenses, Camilo Capiberibe prometeu disponibilizar técnicos para atuar em
conjunto numa frente de trabalho para melhorar a trafegabilidade das ruas e
avenidas de Macapá. “Estamos com sete equipes de tapa-buraco e pretendemos
chegara a 12 na quinta-feira (28). O governador se comprometeu em colocar o
mesmo número de equipes totalizando 24” ,
comemorou o prefeito Clécio Luis. Não só para asfaltar a cidade como para
outras áreas da administração pública, o prefeito de Macapá havia solicitado
ajuda ao governador durante vários encontros que teve com o gestor estadual.
Quando questionado sobre o apoio, Camilo Capiberibe sempre dizia a mesma coisa:
“Os pedidos têm que ser formalizados”, além de listar uma série de exigências
numa clara demonstração de morosidade para assumir compromisso. Por outro lado,
Clécio Luis dizia que “as conversas entre eu e o governador são oficiais.
Achava que isso já era o suficiente. Não estou jogando nas costas dele as
responsabilidades do município, e combato o discurso da parceria fácil que só
funciona quando é amigo ou correligionário do governador”. Somente após três
meses, a parceria foi finalmente anunciada.
A Gazeta/Maiara Pires
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