Ao chegar ao Senado Federal na manhã desta segunda-feira, o presidente Sarney comentou a morte de Osama Bin Laden. Também analisou a pauta de votações da Comissão de Constituição e Justiça focada nos projetos de lei e Propostas de Emenda Constitucional (PECs) da reforma política e na alteração que propôs para a tramitação das Medidas Provisórias. Quanto a proposta da reforma do Código Florestal, considerou que as conversações entre os partidos políticos e a sociedade estão maduras. Registrou ainda que nesta semana começam as chamadas votações temáticas, com os projetos relacionados à saúde sendo apreciados. Lembrou que no seu encontro com a presidente Dilma, na semana passada, ela estava "bastante resfriada", mas ressaltou que a vacina contra a gripe é absolutamente segura: "tomo todos os anos e sempre me fez muito bem".
Eis a entrevista:
Qual sua opinião sobre a morte de Osama Bin Laden?
Sarney: Este é o fim que ele perseguiu em sua vida que era de realmente chegar a esta morte. Um homem que fez tanto mal a humanidade e dedicou sua vida ao terror, matando tantos inocentes, com toda uma vida destinada a violência, acabou vítima da própria violência. Estão prevendo uma nova onda de terror.
O senhor acha que no Brasil devemos nos preocupar?
Sarney: Acho que não. Eles estão muito debilitados. As nações aliadas que se colocaram contra o terror têm feito um trabalho de desmontagem muito grande dessa rede universal de terrorismo, com muito sucesso graças a Deus. O Brasil esta fora dessa linha.
Esta será a semana da reforma política no Senado?
Sarney: Sim, nós temos sete emendas constitucionais para serem apreciadas e outros três projetos de lei na Comissão de Constituição e Justiça. Vou pedir ao presidente da CCJ, uma vez mais, que não vacile na determinação de imediatamente nós julgarmos e decidirmos sobre todos esses assuntos. Basta ver que a apreciação e votação da emenda das Medidas Provisórias está demorando demais. Até hoje não saiu da Comissão de Constituição e Justiça. Assim não se pode realmente alcançar os objetivos, nem reclamar da tramitação das medidas provisórias na Casa, porque se nós temos uma solução já em andamento e ainda não resolvemos então não podemos censurar.
O que o senhor acha mais fácil aprovar na reforma política?
Sarney: Acho que a divergência que nós temos é quanto ao voto distrital, o voto majoritário, o voto proporcional e o voto misto. Esta é uma parte da reforma em que há um dissenso, que ainda não foi resolvido.
E o financiamento público de campanha?
Sarney: O financiamento público de campanha já passou uma vez aqui no Senado e esta na Câmara dos Deputados. Creio que quanto a isso há um amadurecimento a nível de opinião pública e também a nível de partidos. É uma maneira (financiamento público) de coibir abusos do poder econômico nas eleições.
As votações temáticas voltam nesta semana junto com o projeto de saúde?
Sarney: Vamos começar nesta semana com os projetos de saúde. E esse não é um esforço só do presidente. Peço a vocês, da imprensa, que apóiem a iniciativa. Precisamos da mobilização do presidente da comissão para que realmente os projetos temáticos sejam votados. O problema da saúde, que é considerado pelo povo brasileiro como o mais urgente, deve contar com nosso esforço naquilo que estiver ao nosso alcance para ajudar.
O senhor acredita que o parlamento já está pronto para votar o novo o Código Florestal ou defende mais debates sobre o tema?
Sarney: O novo Código Florestal já vai sair da Câmara com uma participação grande dos senadores. A senadora Katia Abreu, por exemplo, está fazendo um grande esforço para que haja um consenso e possa trazer aqui para o Senado Federal um projeto já acordado.Acredito que quando chegar a oportunidade do Senado decidir nós já teremos uma questão acordada pelos partidos e pela sociedade.
O senhor falou com a presidenta Dilma sobre sua enfermidade?
Sarney: Não falei com a presidenta Dilma sobre o seu estado de saúde. Ela já estava bastante resfriada na ultima reunião que participamos e eu acho que o problema da vacina não tem nada a ver com a gripe da presidente. Vacino todo ano e me sempre me dei muito bem. Acho excelente e acho que todos devem tomá-la.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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