Jornais de hoje, em alguns títulos – e, em certos casos, não espelhando o conteúdo das próprias matérias que pretendem sintetizar - erroneamente atribuem ao presidente do Senado Federal, José Sarney, críticas aos meios de comunicação e à liberdade de imprensa. Na verdade, na exposição de natureza teórica feita ontem em reunião partidária, o presidente do Senado Federal manifestou-se na direção oposta, tendo defendido com veemência a liberdade de imprensa. Com seu discurso, o que buscou Sarney, na ocasião, foi conclamar a classe política – no caso, os integrantes de seu partido – a renovar seu empenho para legitimar a democracia representativa.Para o presidente do Senado, prende-se essa necessidade à diferença dos tempos da mídia e da atividade política. A mídia lida com o imediato, em tempo real, buscando estabelecer as agendas da opinião pública. No Congresso, trabalha-se num tempo mais lento, que é o tempo dos processos políticos, atados aos prazos extensos dos mandatos parlamentares.O presidente do Senado Federal declarou na ocasião que os mandatos longos parecem "envelhecer" a legitimidade dos que exercem mandatos eleitos. Por isso, o grande desafio que se abre à classe política "é o de criar instrumentos que lhes renovem a legitimidade que obtiveram pelo voto popular".Defendeu ainda o presidente José Sarney o Parlamento e a democracia representativa, observando que "sem ela, sem a representação dada pelo povo, legitimamente, não podemos falar em democracia". Queixamo-nos da imprensa, disse, "mas nós, os políticos, temos de fazer a nossa parte".Referiu-se ainda o presidente José Sarney, em perspectiva histórica, às liberdades de imprensa, de expressão e ao direito de informação. Esses direitos fundamentais, disse, são a contrapartida do direito de imunidade de palavra que têm os parlamentares.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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