Segundo ela, os números do primeiro trimestre de 2011 já apontam para um aumento superior a 23% em relação ao ano passado. A presidenta disse, ainda, estar convencida de que o Brasil pode contar com o apoio do governo alemão para fazer avançar as negociações entre o Mercosul e a União Europeia, “de forma realista e equilibrada”. Ao citar a cooperação bilateral em matéria energética, a presidenta frisou que esse “é um dos pilares centrais de nossa parceria”, uma vez que o suprimento confiável, diversificado e renovável de energia é um desafio para países como o Brasil e a Alemanha, com grande população e crescimento econômico robusto. “No setor de biocombustíveis, o Brasil tem conhecimento, tecnologia e vantagens competitivas na produção de etanol e biodiesel. A Alemanha tem toda uma expertise em biodiesel.
Os biocombustíveis já contribuem para a diversificação das nossas matrizes e para o cumprimento de nossas metas ambientais.” Para além dos temas bilaterais -- prosseguiu Dilma Rousseff -- “tenho certeza que nós iremos aprofundar e transformar numa plataforma para a promoção do desenvolvimento recíproco das nossas relações e do bem dos nossos povos, o certo é que também temos valores comuns. Buscamos incessantemente promover a paz, a cooperação e o desenvolvimento dos países e dos povos; defendemos a democracia e os direitos humanos. Aliás, somos grandes países democráticos”. Segundo a presidenta, com a visita da delegação alemã, os dois países dão um passo a mais na construção de uma ordem multipolar, que prima pelo entendimento e pela cooperação. Assim como fez mais cedo, em declaração à imprensa no Palácio do Planalto, a presidenta enfatizou a importância do fortalecimento do G-20, que “já mostrou ser capaz de tomar decisões importantes que foram essenciais para superar momentos mais dramáticos da crise que se abateu sobre o mundo, a partir de 2008”, e de outros organismos multilaterais como o Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Creio que há base suficiente para uma iniciativa sobre a reforma que contemple a expansão dos assentos permanentes e não-permanentes. Aliás, os conflitos recentes na África do Norte e no Oriente Médio mostram que não há porque optar entre conformismo de um lado, violência intervencionista de outro. A realidade é mais fixa e complexa.”
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Leia aqui a degravação do pronunciamento da presidente. Ou confira o vídeo.
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