Queda pode representar reflexo da crise mundial na economia brasileira, mas o governo amapaense prefere esperar comportamento dos repasses de outubro para tomar medidas de resistência aos impactos
Em agosto e setembro, os cofres do Amapá sentiram a falta de R$ 27 milhões como consequência da queda na arrecadação do FPE e Fundeb, fundos oriundos do governo federal, o primeiro como participação do Estado no bolo dos recursos nacionais e, outro, destinado à manutenção e desenvolvimento da educação básica. Em entrevista, ontem, o secretário estadual de planejamento, Juliano Del Castillo, disse que a queda foi mais acentuada do que a administração pública do Amapá previa para os dois meses. O secretário explicou que geralmente em julho, agosto e setembro de cada ano geralmente há um declínio no repasse dos fundos nacionais aos estados brasileiros, em virtude da restituição do Imposto de Renda. “Mas essa perda de 27 milhões de reais foi uma surpresa para nós, pois impacta sobremaneira o caixa do Governo do Estado”, lamentou o secretário de planejamento. Juliano chegou a dizer que teme a abrupta queda nos recursos do Fundeb e FPE ser já uma repercussão negativa da crise mundial que segundo autoridades federais começa a atingir o Brasil. Contudo, o secretário manifestou a cautela de esperar o comportamento dos repasses federais em outubro, quando então o planejamento do governo amapaense poderá tomar as medidas cabíveis na tentativa de resistir à crise, caso ela venha a se refletir no país inteiro. Juliano Del Castillo reconheceu o nível de dependência que o Amapá ainda sofre em relação ao governo federal como um Estado com falta de infra-estrutura, ausência de indústrias e de outras fontes de recursos, além do Poder Público e do comércio, esses dois últimos os únicos sustentadores da economia estadual.
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