terça-feira, 27 de setembro de 2011

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MANCHETES DO DIA

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Diante de um cenário internacional de crise, que tende a piorar, a equipe econômica não descarta uma redução mais ousada da taxa de juros (Selic) já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 18 e 19 de outubro, como arma contra os efeitos da turbulência lá fora. A avaliação do Palácio do Planalto é de que o Brasil já vive um cenário de queda da inflação, assim como o resto do mundo, o que permitiria uma decisão mais arrojada no que se refere às taxas de juros, hoje em 12% ao ano. Essa percepção, porém, vai no sentido inverso à dos economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) em sua pesquisa semanal do Boletim Focus, que, pela primeira vez, preveem um estouro do teto da meta de inflação este ano, fixado em 6,5%, justamente pelo afrouxamento da política monetária. Segundo o boletim, o IPCA, índice usado pelo governo, encerrará o ano em 6,52%. Foi a sexta previsão seguida de alta da inflação. De volta de uma rodada de conversas com autoridades monetárias e o setor financeiro na Europa e nos EUA, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estão ainda mais preocupados com a situação internacional. Segundo interlocutores, preveem uma deterioração grave no cenário europeu já nos próximos dias.


Pelo terceiro mês consecutivo, o número de homicídios no Estado de São Paulo cresceu, indicando reversão de tendência. Em agosto, o total de assassinatos subiu 10,48% em relação ao mesmo mês do ano passado. O crescimento dos casos de homicídio nesse período foi alavancado, principalmente, pelos crimes ocorridos na capital, que registraram uma alta de 23,81%.


A União Europeia viveu ontem um dos dias mais confusos desde o início da crise das dívidas soberanas, em dezembro de 2009. Impulsionados por informações sobre novas atribuições e o aumento dos recursos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (Feef) para € 2 trilhões, os mercados financeiros fecharam em alta. As especulações sobre as negociações de um acordo para debelar a crise na Grécia tiveram início no fim de semana, em Washington, após as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos ministros da Economia do G-20. Os rumores mais persistentes dão conta de uma negociação em torno de três medidas: o corte - ou "haircut" - de 50% do valor dos títulos de dívidas da Grécia em poder de investidores privados, o que na prática representa um calote parcial; o aumento dos recursos do Feef dos atuais € 440 milhões para € 2 trilhões; e reforço do capital dos maiores bancos do continente, grandes detentores de títulos de dívidas de países em crise - como Grécia, Portugal, Espanha e Itália.


O apagão registrado na manhã de ontem no Distrito Federal atingiu mais de 60 mil pontos, entre casas e comércios. A Companhia Energética de Brasília (CEB) informou que o problema foi um curto circuito na linha de transmissão Guará—Brasília Geral, que pertence ao sistema Eletrobrás Furnas. Segundo relatório da própria CEB, nove áreas ficaram sem abastecimento por quase 50 minutos. Mas comerciantes ouvidos pelo Correio relataram quase três horas de blecaute. Furnas informou, também por meio de nota, que investiga se a chuva causou os problemas no abastecimento. Com o fim dos 106 dias de estiagem, no entanto, a população do DF pode se preparar para uma temporada de falhas no fornecimento. A previsão da CEB é de que a quantidade de interrupções esteja dentro do aceitável só em 2014.


O governo começou a sofrer pressão de várias frentes para aliviar as consequências do aumento de 30 pontos percentuais no Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para automóveis com índice de nacionalização abaixo de 65%. De um lado, importadores reivindicam que veículos que já receberam licença para entrar no país sejam liberados da tributação adicional. De outro, empresas com projetos de construção de fábricas pedem um regime diferenciado. Além disso, o governo do Uruguai também entrou na discussão porque os três fabricantes instalados naquele país ficaram de fora da exceção para o Mercosul e estão agora impedidos de vender para o Brasil. Cada uma das 27 maiores importadoras enviou ontem ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a relação dos veículos com licenças de importação já emitidas. A Abeiva, associação que representa o setor, não divulgou volumes. Segundo fontes do governo, desde maio, 954 mil pedidos foram deferidos e outros 365 mil estavam em análise. Essas empresas vendem pouco mais de 10 mil unidades por mês.

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