Senadores discutem nesta quarta-feira (28), em audiência pública conjunta das comissões de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE), o Plano Decenal de Energia (PED) 2011-2020. O plano é um dos documentos de planejamento energético no Ministério de Minas e Energia, que orientam as decisões de governo relacionadas ao equilíbrio e ao crescimento econômico do país. A iniciativa de analisar o assunto foi do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
De acordo com o PDE, de 2011 a 2020, a taxa média de crescimento do consumo de energia elétrica no país será de 4,6% ao ano. Para que a geração de energia acompanhe a demanda, serão necessários investimentos de R$ 190 bilhões. O plano também prevê que fontes alternativas - parques eólicos, biomassa e pequenas hidrelétricas - dobrarão sua participação no setor elétrico até 2020.
O PDE também trata do petróleo e seus derivados, que ganharão mais importância no mercado energético brasileiro. O estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que produz o plano decenal, mostra que o Brasil experimentará, nos próximos dez anos, expansão significativa da produção de petróleo, proporcionada principalmente pelo pré-sal. O país deve triplicar sua produção, que deve passar dos 2,1 milhões de barris diários no ano passado para 6,1 milhões de barris por dia em 2020.
O documento aponta ainda que o pré-sal deve tornar o Brasil um protagonista no mercado internacional de petróleo. Em 2020, cerca de 50% da produção brasileira será destinada ao mercado externo.
Para participar da discussão, os senadores convidaram o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), Hermes Chipp; o presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), Xisto Vieira Filho; o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Luiz Menel da Cunha; o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim; o secretário de planejamento e desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Vianna; e o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Borges Rodrigues Lima. A audiência pública está marcada para 11h, no Plenário 13 da ala Alexandre Costa.
Paola Lima / Agência Senado
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