sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Senado aprova versão ambiental do Bolsa Família


Pela proposta, que vai para sanção presidencial, famílias pobres que adotarem ações de preservação do ambiente ganharão R$ 300 a cada três meses

Os senadores Romero Jucá e Demóstenes Torres discutem, no Plenário, as regras do Programa de Aquisição de Alimentos, Marta Suplicy diz que programa diminui desigualdades sociais. Em decisão unânime, o Plenário do Senado aprovou ontem a criação do Bolsa Verde. Trata-se do Programa de Apoio à Conservação Ambiental, do governo federal, que dá um benefício em dinheiro a cada três meses às famílias em situação de extrema pobreza que adotarem ações de preservação do meio ambiente. A proposta aprovada está prevista no Projeto de Lei de Conversão 24/11, decorrente da Medida Provisória 535/11, e agora vai para a sanção da presidente da República. O Bolsa Verde beneficiará as famílias inscritas no programa Bolsa Família, do governo federal, que realizarem ações de conservação dos recursos naturais — florestas e reservas extrativistas, por exemplo. O programa oferecerá às famílias carentes repasses trimestrais de R$ 300, pelo prazo de dois anos, prorrogáveis. O dinheiro será liberado por intermédio da Caixa Econômica Federal. Essa medida provisória cria também o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, que fornece ajuda de custo e assistência técnica aos pequenos produtores rurais. As medidas fazem parte do Plano Brasil sem Miséria, lançado pelo governo federal em junho. Relatora no Senado, Marta Suplicy (PT-SP) defendeu a aprovação do projeto justificando que ele ataca diretamente o problema da pobreza extrema, que aflige milhões.
- Nós ficamos muito impactados com a grandeza, a articulação desse projeto. E percebemos a importância que teria para o resgate de 16 milhões de brasileiros, que são os mais pobres dos mais pobres - afirmou.
Marta exaltou os recentes avanços sociais registrados no país, que "surpreendeu o mundo tirando da pobreza 28 milhões de pessoas", mas lembrou que ainda há muito o que fazer.
- Apesar dessa mobilidade social sem precedentes, temos ainda um núcleo duro da pobreza. São brasileiros cuja renda familiar não chega a R$ 70 mensais por pessoa. Daí a importância dessa medida provisória - concluiu.

Agência Senado

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