terça-feira, 18 de outubro de 2011

Para ex-ministro de Direitos Humanos, boa parte da corrupção no Brasil nasce no financiamento de campanhas.

Nilmário Miranda, jornalista que atualmente preside a Fundação Perseu Abramo, vinculada ao Partido dos Trabalhadores (PT), esteve no Amapá no último final de semana (14 e 15) para debater com lideranças locais os desafios para o desenvolvimento do Brasil. Destacou os avanços do Governo Federal no combate a corrupção e defendeu financiamento público de campanha como item indispensável da reforma política. Ele destacou algumas ações do governo federal, enfatizando que hoje os casos de corrupção ganham mais destaque porque estão sendo investigados. “A Polícia Federal estava sucateada, tinha sobrado pouco mais de sete mil policiais em todo o Brasil. Hoje tem o dobro. No governo FHC todo aconteceram 42 operações contra a corrupção. No governo Lula foram mais de mil. Combater a corrupção é uma tarefa do Estado brasileiro, independente de partido ou de governo e ninguém está acima da lei”, disse. O dirigente petista falou também do fortalecimento dos órgãos de controle externo e mecanismos de participação social no acompanhamento dos gastos públicos. “A Controladoria Geral da União já fez diligencias em mais de 2 mil municípios do Brasil e abriu procedimentos em mais de 700 cidades, identificando irregularidades. Criamos o Portal da Transparência, fizemos o pregão eletrônico para diminuir a corrupção nas concorrências, o Ministério Público Federal nos Estados tem total autonomia.


Fizemos a reforma do Judiciário no Governo do Lula, que criou o Conselho Nacional de Justiça – CNJ para investigar a corrupção na própria justiça”, disse Nilmário, reconhecendo que ainda é preciso fazer mais. Para ele, a corrupção não acaba e a luta deve ser permanente. No entanto, fez um alerta sobre o que considera um “grande mal’ na política nacional: o financiamento de campanhas eleitorais. “Fui deputado durante 16 anos e ministro por quatro. Nesse período eu aprendi que grande parte da corrupção no Brasil nasce no financiamento de campanhas. Pessoas que têm dinheiro financiam candidatos, não porque tem amor à democracia, mas porque têm interesses particulares. Funciona como um negócio, uma espécie de contrato de serviços”, explicou. Para ele, a solução é o financiamento público, um dos itens em discussão no debate sobre a reforma política. “Essa mudança vai baratear as campanhas, moralizar o processo eleitoral e permitir um controle maior do Judiciário. Ampliar o combate a corrupção passa por esse debate, mas também não podemos achar que está tudo errado, porque não é verdade”, avalia o jornalista, que comemora o indicativo de que 50 milhões de pessoas mudaram de classe social nos últimos oito anos, como resultad da política econômica nacional. A deputada federal Dalva Figueiredo (PT), acompanhou o ciclo de debates e destacou os desafios que os parlamentares precisam enfrentar para debater os grandes temas. “A política requer um tempo para articular-se, agir, buscar aliados e só então estabelecer resultados que possam garantir avanços concretos para a sociedade. A reforma política é a mãe de todas as reformas e fará profundas mudanças no legislativo", finalizou.

ASCOM/ dep. Dalva Figueiredo
Site: www.dalvafigueiredo.com.br
Contatos: 8126 – 6005 e 9967 – 2890
Escritório em Macapá: (096) 3243-0812
Gabinete em Brasília: (061) 3215-3704
Twitter: @DalvaFigueiredo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acompanhe

Clique para ampliar